(Foto: Reuters)
A ONU reconheceu ontem que armas químicas foram usadas na guerra civil síria. A constatação está no novo relatório da Comissão Independente de Inquérito da Síria, instaurada pelas Nações Unidas sob o comando do brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O documento será divulgado hoje.
Além do emprego do arsenal proibido, a investigação lista outros crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos em território sírio, como a imposição de cercos militares a cidades e o deslocamento forçado de comunidades civis. Segundo o levantamento da ONU, a violência na Síria já provocou 4,25 milhões de deslocados internos. O inquérito afirma ainda que os rebeldes cometeram crimes de guerra, incluindo tortura e pilhagem.
Sobre as armas químicas, o relatório lista quatro incidentes em que foram encontradas provas de que “quantidades limitadas” de gases tóxicos foram empregadas – dois em Alepo, um em Damasco e outro em Idlib.
Segundo o documento para se obter “conclusões definitivas” seria necessário obter mostras de tecido das vítimas desses ataques. Para isso, o regime de Bashar Assad deve permitir a entrada de especialistas estrangeiros.
Informações obtidas no Estadão e Reuters