São seis os nomes mais cotados para assumir a presidência do Brasil caso o presidente Michel Temer (PMDB). O cenário mais provável é que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) assuma a presidência por 90 dias e convoque novas eleições. A ‘normalidade’ prevê que a eleição seja indireta, com os deputados elegendo o novo presidente. 
Maia foi eleito e reeleito há pouco tempo, e tem chances (ainda que reduzidas) de repetir a articulação que já fez e se tornar o condutor desse ano que falta para as eleições de 2018.
Quem aposta nas eleições diretas, na apatia da direita perplexa com Aécio e Temer, é o ex-presidente Lula (PT) que tem contra si todo o julgamento da sociedade e a coleção de delações da Lava Jato. Lula tem bom índices de intenção de voto, mas uma rejeição que dificilmente vai baixar no processo eleitoral. E ainda existe o risco (médio) de haver o pedido de prisão dele e (alto) de haver a inelegibilidade de sua candidatura.
Outro ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) começou como opção de minerva, em uma eleição indireta, do meio político e cai muito bem ao grande empresariado e à grande imprensa. O que pesa contra são a baixa popularidade de FHC e a rejeição ao PSDB, que tende a crescer com os casos Aécio, Serra et alli.
Com FHC em baixa, surgiram dois nomes. O ex-ministro do STF Nelson Jobim, um decano da política e da Justiça, seria o nome mais forte e com poucos problemas para responder. Ele é mais forte que seu concorrente menos conhecido.  
Seu principal concorrente seria o candidato do mercado, Henrique Meirelles, ligado ‘até o pescoço’ com o grupo JBS (via Banco Original). Como FHC, HM tem a imagem ligada às famigeradas reformas trabalhista e da previdência e enfrentaria enorme resistência das ruas.
O último nome seria o da presidente do STF Carmen Lúcia, que teria maior força conforme vai se degringolando todo o sistema político. Com pouca bagagem política e o preconceito por ser mulher, Carmen seria uma saída com alguém que ainda não tem apoio popular como seus amigos de toga Joaquim Barbosa e Sérgio Moro.