LUTAR PELA JUSTIÇA SOCIAL É O MAIOR DESAFIO CONTEMPORÂNEO
O poeta inglês John Donne (1572-1631) é conhecido em todo mundo e há vários séculos pelo verso: “Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo… E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”. Com estas palavras ele quis acentuar que todo ser humano é importante, pois todos nós integramos a mesma humanidade, com todas as suas contradições. O que aflige o outro também aflige de certa forma a mim mesmo. Essa é a essência da compaixão, do colocar-se no lugar do outro em uma situação especialmente delicada.
Essa reflexão proporcionada pelo poeta, que continua tão atual, é fundamental nessa oportunidade em que lembramos mais um Dia Mundial da Justiça Social. A data é celebrada todo dia 20 de fevereiro, por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, como uma forma de ressaltar a urgência de se discutir e praticar ações para o combate à pobreza, à discriminação, ao preconceito, ao desemprego e a toda forma de injustiça.
Neste ano, em que o planeta está vivenciando um dos desafios mais graves já apresentados para a humanidade, a pandemia de Covid-19, a questão da justiça social se torna ainda mais vital. Está evidente que a pobreza aumentou no cenário da pandemia, ficou claro que as desigualdades sociais são muito marcantes e crueis para os setores mais vulneráveis da população.
É necessário aplaudir, portanto, toda a iniciativa feita durante a pandemia, por parte do poder público ou da cidadania organizada, por exemplo para combater a fome entre aqueles que infelizmente perderam seus empregos, suas fontes de renda em razão da crise sanitária.
Pois a questão da justiça social será ainda mais relevante no pós-pandemia. O mundo como conhecemos não pode ser mais o mesmo que antes. É preciso garantir condições mínimas de vida, de dignidade, para todos os seres humanos, seja qual for a sua raça, gênero ou situação social. Só desta forma alcançaremos um desenvolvimento humano integral e garantiremos a existência de uma sociedade pacífica, saudável para todos.
Em toda a minha vida pública a luta pela justiça social tem sido um norte, uma referência para meus atos. Como vereador em várias legislaturas, como prefeito de Sumaré em dois mandatos e agora como deputado estadual, que deve defender os direitos de todos os cidadãos paulistas, sempre entendi que a justiça social é uma meta permanente, que deve predominar acima de interesses individuais, corporativos ou partidários. Essa causa é que justifica a atividade pública.
Por ocasião, então, de mais um Dia Mundial da Justiça Social, reitero a minha disposição em colocar o meu mandato nesta batalha. Atuando em minhas obrigações de parlamentar, de fiscalizar as ações do Poder Executivo ou de propor leis em diversas áreas, sempre colocarei o primado da justiça social como referência, como paradigma. E aproveito para parabenizar a todos os cidadãos, grupos e movimentos que têm se empenhado, desde que de forma pacífica, para a garantia dos direitos coletivos, de modo que nosso estado e nosso país cumpram o seu destino de serem espaços para que todos nós, brasileiros, possamos de fato alcançar a felicidade, a paz e uma vida com qualidade. Afinal, ninguém é uma ilha, todos nós fazemos parte da grande família humana.