A presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), elogiou nesta segunda-feira (18) a aproximação da Igreja Católica dos pobres defendida pelo papa Francisco, mas lembrou que “opções diferenciadas das pessoas” devem ser compreendidas.
“Eu acho que ele tem um papel a cumprir. (O discurso sobre a aproximação da Igreja aos pobres) ?? uma postura importante. ?? claro que o mundo pede, hoje, além disso, que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas das pessoas sejam compreendidas”, disse. A presidente não deixou claro a que “opções diferenciadas” ela se referia.
Questionada se a eleição de um papa latino-americano poderá ter impacto na discussão, no Brasil, de temas como a Lei do Aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ela respondeu que “não parece que seja um tipo de papa que vá defender esta posição”. Antes de ser papa, o cardeal Jorge Bergoglio tinha se manifestado contra o aborto e o casamento de pessoas do mesmo sexo.
A presidente se disse feliz pela eleição de um papa latino-americano, mas afirmou não saber qual será o impacto político de Francisco para a região. “Em qualquer hipótese, um papa latino-americano é uma honra para a América Latina. Acho que é uma afirmação da região”. Dilma lembrou também que a Igreja brasileira foi “extremamente combativa contra a ditadura”.
O encontro com o papa Francisco deverá ocorrer durante os cumprimentos após a missa de posse de novo pontífice, nesta terça-feira (19). O papa Francisco deverá conversar com a presidenta sobre a Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro. (BBC)