Mesmo diretamente impactado pela instabilidade do plano São Paulo, o varejo do Estado mostra-se otimista para as vendas na Páscoa e espera crescer 5%, quando comparado ao ano passado. Os dados da pesquisa são da FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).

“Em comparação ao ano passado, os supermercados esperam vender até 15% a mais. Embora seja uma previsão otimista, o mesmo período em 2020 trouxe uma queda de aproximadamente 35%. Já para as lojas especializadas no segmento de chocolates, estimamos um crescimento maior do que o resultado de 2020”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.

Em 2020, grande parte dos estabelecimentos estavam fechados na data, o que impactou o faturamento e, consequentemente, o resultado negativo das vendas. Para este ano, mesmo que o estado permaneça com medidas mais restritivas, os lojistas afirmam que o bom desempenho do varejo paulista está ligado à melhor adequação ao cenário da pandemia.

“As empresas estão mais preparadas para o e-commerce. As vendas no ambiente digital e o delivery estão mais presentes na vida das pessoas.  O desempenho positivo dependerá da escolha das estratégias de como atingir os consumidores, da oferta do produto ao público escolhido. Essa nova forma de comprar, vender e entregar privilegia as empresas mais organizadas”, comenta Stainoff

Cenário atual

Segundo a entidade, o consumidor deve priorizar filhos e netos para presentear nesta Páscoa. Ainda na mesma pesquisa, os lojistas afirmam que a tradicional caixa de bombons deve ser a mais procurada nas compras deste ano. O período também deve movimentar o consumo de frutos do mar, como o bacalhau. Já as vendas de produtos que também faziam parte do período, como brinquedos e pelúcias, serão prejudicadas por conta das novas restrições impostas ao varejo.

No estado, a FCDLESP acredita que há possibilidade de abertura de vagas temporárias para Páscoa, no entanto, as contratações não devem se tornar efetivas. “A indústria e redes de franquia devem contratar, porém, a atual crise sanitária e econômica fará com que essas contratações não sejam prorrogadas. Para o comércio, a tendência será de aproveitar a mão de obra já existente”, finaliza o presidente da FCDLESP.