Por Raphael Costa
Muitos dizem que os campeonatos estaduais já estão ultrapassados e só atrapalham o calendário do futebol brasileiro. O fato é que, em estados como São Paulo, esses torneios acirram ainda mais as rivalidades regionais. Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo que o digam.
Confira a versão desta matéria para rádiosCampeonato PaulistaVisto por muitos como o estadual mais equilibrado do país, o Paulistão deve se resumir, em 2019, à tentativa dos rivais de bater o Corinthians, atual bicampeão e maior vencedor da história.Para 2019, o Timão chega esperançoso. Isso porque o alvinegro conta com reforços importantes. O primeiro deles ficará no banco de reserva. Comandante dos principais títulos nos últimos anos, o técnico Fábio Carille está de volta para comandar a equipe após passagem sem brilho no futebol árabe.
Além do retorno de Carille, a contratação do atacante Boselli, de 33 anos – que veio do León, do México – enche a Fiel de esperança. Típico camisa 9, o argentino é lembrado até hoje no Brasil por ter sido carrasco do Cruzeiro na final da Libertadores de 2009. Outros reforços que lutam por titularidade, como os meias Ramiro, Richard, Sornoza, o zagueiro Manoel e o atacante Gustagol, também desembarcam em Itaquera.
Já o Palmeiras começa mais um ano com altas expectativas por conta do título brasileiro e do poderio financeiro. Um dos times mais ricos do país na atualidade, o Palmeiras manteve a base do time que levantou a taça do Brasileirão no ano passado sob o comando de Felipão. Para delírio da torcida, o Verdão ainda trouxe, por empréstimo, o atacante Ricardo Goulart, que fez sucesso nas últimas temporadas no futebol chinês.
Também chegam para reforçar o badalado elenco palmeirense os meias Zé Rafael e Raphael Veiga, os atacantes Arthur, Carlos Eduardo e Yan Sasse, além do volante Matheus Fernandes.Sem conquistar um Paulista desde 2008, a seca incomoda a torcida alviverde. Apesar de não ser a maior obsessão de conquista no ano, ganhar o Paulistão seria uma forma de mostrar força em nível estadual. E quem pode ajudar a equipe nessa missão é Dudu, camisa sete e capitão da equipe. O atacante é ídolo da torcida e uma das referências técnicas da equipe.
No São Paulo, o ano de 2019 começa com mudanças. Depois de flertar com o rebaixamento e fazer campanhas abaixo do esperado nos últimos anos, o Tricolor se reforçou e deve dar trabalho aos rivais nas competições que disputar na temporada, a começar pelo Campeonato Paulista.
Além de contratar o atacante Pablo, que estava no Atlético Paranaense, o time do Morumbi trouxe de volta o “profeta” Hernanes, ídolo da torcida e uma das principais peças na luta contra o rebaixamento em 2017. Sem vencer o Paulista desde 2005, o São Paulo é, entre os grandes, que está há mais tempo na fila. Para quebrar o jejum, a equipe terá que superar, além dos adversários, a desconfiança da torcida sobre o técnico André Jardine.
Menos badalado entre os quatro grandes, o Santos aposta na experiência do técnico argentino Jorge Sampaoli para voltar a ser campeão. Sem Gabigol, o time da Baixada aposta suas fichas no meia uruguaio Carlos Sánchez e em Yeferson Soteldo, meia venezuelano recém-contratado e que vestirá a camisa 10.
A temporada marca a despedida de Rodrygo, jovem promessa já vendida para o Real Madrid e que se apresenta no meio do ano ao gigante espanhol. Apesar do elenco mais modesto em comparação aos rivais, o Peixe está acostumado levantar canecos em São Paulo nos últimos anos. Prova disso é que de 2009 a 2016 a equipe esteve em todas as finais do torneio, levantando a taça em 2010, 2011, 2012, 2015 e 2016.
Times de menor expressão, como Ponte Preta, Guarani e São Caetano, correm por fora e tentam derrubar a hegemonia dos quatro grandes. O último pequeno a aprontar em São Paulo foi o Ituano, campeão estadual em 2014.