Mais de 20 anos após o massacre do Carandiru, 26 policiais militares acusados de assassinato começam a ser julgados nesta segunda-feira, no Tribunal do Júri.
O processo demorou tanto para ir a julgamento devido a um conflito de competências – as Justiças Comum e Militar não se entendiam sobre quem deveria julgar os acusados.
Além disso, advogados de policiais entraram na Justiça com uma série de recursos que atrasaram ainda mais o processo.
O magistrado da Justiça Comum escolhido para atuar no caso, José Augusto Nardy Marzagão, só começou a analisá-lo em julho de 2012.
Serão julgados a partir de hoje 26 policiais militares de um grupo de 28 (dois acusados já morreram). Eles respondem por 15 assassinatos ocorridos no segundo pavimento do pavilhão nove.
Desse grupo, cerca de um terço permanece trabalhando na polícia. A maioria já está aposentada.
Outros 57 policiais acusados devem ser julgados em outros três blocos ao longo de 2013.