Fernando Moulin, Partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente.
Acredito que o futuro da Starlink no Brasil vai passar para algumas turbulências no curto prazo, mas uma tendência de consolidação do serviço no médio e longo prazo.
Estamos vendo uma discussão de vários arcabouços jurídicos, legais, referentes às participações das empresas do Elon Musk no Brasil, especialmente o X, que está sendo objeto de várias questões relacionadas a processos judiciais, a ordens das instâncias superiores jurídicas do Brasil, sobretudo o STF.
Starlink no Brasil
A Starlink acaba sendo uma empresa do grupo, um conglomerado. Ela vem sendo utilizada de maneira ativista pelo bilionário em alguns movimentos em países como a Ucrânia, em outras questões. Ela tem um papel importante de acesso em algumas regiões aqui do Brasil que tem menos possibilidades de conectividade.
No meu entender, a gente vai ver turbulência de curto prazo. Pode ser, inclusive, que a empresa deixe de operar no Brasil (o que eu dúvido, mas pode acontecer). Não sabemos quais são os desdobramentos do momento atual, mas, por outro lado, no médio e longo prazo eu entendo ser uma organização de caráter global que provavelmente vai seguir atuando no país, até porque tem satélites rodando, circulando todo o globo, por cima do Brasil.
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Além disso, vai cada vez mais ser observada a luz de outros critérios, que não somente técnicos, em seu escopo de atuação, uma vez que conectividade se tornou, desde a pandemia, um item realmente fundamental pra economia do planeta, para questões políticas, para fazer negócios, nos relacionar e fazer funcionar toda a máquina da sociedade civil e profissional corporativa.
A primeira turma do STF decidiu pela manutenção do bloqueio as operações do X no Brasil. Isso tem implicações para todas as empresas do conglomerado do Elon Musk, marcadamente a Starlink, que tem a ver também com o tema de conectividade internet digital de uma forma explícita. E termos em mente outras unidades de negócio como a própria Tesla, que não opera no Brasil de maneira direta ainda.
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