Todo mundo gorda?

Relatório da Federação Mundial de Obesidade (denominado World Obesity Atlas 2023) apresentado à Organização das Nações Unidas (ONU) no início de março, adverte que mais da metade da população mundial estará obesa ou com sobrepeso até 2035 se não forem tomadas medidas para tornar a vida das pessoas mais saudável, coisa que o Instituto Melhores Dias (IMD) vem dizendo e combatendo faz décadas.

Relatório vê metade da população mundial gorda em breve

Relatório vê metade da população mundial gorda em breve

 

Esse surto de obesidade (gorda) representa mais de quatro bilhões de pessoas que serão afetadas, com as taxas aumentando mais rapidamente entre as crianças. Segundo o relatório, países de renda baixa ou média na África e na Ásia, assim como no Brasil, são os que vivenciam os maiores aumentos. O Brasil está no mesmo caminho.

E o custo dessa epidemia da obesidade é alto, podendo chegar a mais de US$ 4 trilhões anualmente até 2035. Ou seja, os cuidados que precisamos ter com a saúde do planeta e do meio ambiente, têm que ser estendidos para a saúde da população mais carente e de baixa renda. O que se come, como se come, se as pessoas fazem exercícios e o consequente estímulo aos hábitos saudáveis de vida são temas que precisam entrar na agenda das políticas de saúde pública urgentemente.

Outro enorme problema que o Instituto Melhores Dias vem combatendo com seus programas e que o relatório destaca é que essas taxas crescentes de obesidade atingem em cheio as crianças e adolescentes. O triste apontamento do relatório é que na próxima década e meia, as taxas devem dobrar em relação aos níveis de 2020 entre meninos e meninas.

O motivo para esta pandemia global de obesidade (gorda) está plenamente de acordo com o que as equipes do IMD têm encontrado nas escolas públicas de diversos estados brasileiros onde desenvolvem atividades: As crianças têm ingerido prioritariamente alimentos altamente processados e são sedentárias.

Além disso, as políticas de controle do fornecimento e comercialização de alimentos, assim como os serviços de saúde não são eficazes para auxiliar o controle de peso e a educação em saúde.

Pessoas obesas (gorda) não são simplesmente as culpadas por esta situação. Há todo um contexto cultural, político e social que justifica este quadro de saúde que está se tornando o grande mal deste século.

Obeso é um termo médico usado para descrever uma pessoa com um alto excesso de gordura corporal. O relatório utilizou o mesmo critério que o IMD usa em seus programas para avaliações da saúde nutricional das pessoas: o índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso de um indivíduo pelo quadrado de sua altura.

Concluindo, é necessário um plano de ação emergencial da saúde pública brasileira para conter e combater esse mal emergente (gorda). O IMD está à disposição com propostas e programas educativos e de prevenção, direcionados exatamente para essa área de atuação e já com resultados atestados espetaculares e prêmios conquistados.

Conheça nosso site (www.melhoresdias.org.br), curta e participe do que propomos e fazemos. A população civil e a iniciativa privada são parceiras fundamentais de organizações como o IMD para uma ação rápida e eficaz enquanto as políticas públicas ainda se atualizam e se organizam.

Artigo de Joyce Capelli

Presidente do Instituto Melhores Dias

 

Brasileiro cada vez mais gordo, mostra estudo

O brasileiro está engordando. Atualmente, quase seis a cada 10 brasileiros adultos estão acima do peso. Dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas mostraram que, em 2021, 57,25% dos respondentes da pesquisa Vigitel estão com sobrepeso. A pesquisa Vigitel é anual e, em 2006, em sua primeira edição, os brasileiros nessa condição representavam 42,74% da população.

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