O ex-vereador de Americana Alexandre Romano, preso durante a 18ª fase da Operação Lava Jato – Pixuleco 2, foi solto na manhã deste sábado em Curitiba. A Justiça de São Paulo concedeu prisão domiciliar a Romano, apontado pela Polícia Federal como o operador do esquema envolvendo contratos do Ministério do Planejamento.
De acordo com as investigações, Romano foi preso em São Paulo, suspeito de operar no esquema de corrupção com a empresa Consist. Os investigadores descobriram que o esquema operou até julho deste ano, com repasse de dinheiro a empresas indicadas por intermediários ligados ao PT. Os pagamentos ocorriam por meio de empresas de fachada, segundo a Polícia Federal.
A Consist teria pago R$ 52 milhões em propina. Do montante desviado, conforme as investigações, R$ 37 milhões teriam sido arrecadados pelo ex-vereador. Ainda segundo as investigações, parte do dinheiro teria beneficiado a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A ação de Romano foi a primeira a ser fatiada pela Justiça. No mês passado, o processo foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu remeter para a Justiça Federal de São Paulo a parte do processo que envolve o ex-vereador. Já a parte que diz respeito à senadora ficou na Corte, sob responsabilidade do ministro Dias Toffoli.
O ex-vereador vai ficar em casa, com tornozeleira eletrônica, e terá que cumprir medidas cautelares.