(Reuters) – A Rússia está enviando mais aviões de guerra à Síria para intensificar sua campanha de ataques aéreos, relatou um jornal russo nesta sexta-feira, um desafio de Moscou ao repúdio global contra uma escalada que países ocidentais dizem ter minado a diplomacia.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, descreveram os bombardeios russos e sírios na cidade de Aleppo como “bárbaros”, disse a Casa Branca depois de os dois líderes conversarem por telefone.
Os combates se agravaram uma semana depois do início de uma nova ofensiva do governo apoiada pela Rússia para capturar totalmente a maior cidade da Síria e esmagar o último bastião urbano da rebelião.
Moscou e seu aliado, o presidente sírio, Bashar al-Assad, rejeitaram um cessar-fogo acordado neste mês ao lançar a ofensiva, possivelmente a maior e mais decisiva batalha da guerra civil síria, que já está em seu sexto ano.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou nesta sexta-feira que seu país está disposto a analisar mais formas de normalizar a situação em Aleppo.
Mas em uma conversa telefônica com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, Lavrov criticou a incapacidade de Washington de separar grupos rebeldes moderados daqueles que os russos chamam de terroristas, que permitiram que forças lideradas pela facção antes conhecida como Frente Al Nusra violassem a trégua mediada por Moscou e Washington.