O grupo Passim em sexteto apresenta em Santa Bárbara d’Oeste
a sua turnê “Passim: 7 anos aqui e lá”, uma celebração à trajetória do projeto e seus dois álbuns “Passim” e “Passim II” – que já rodou por mais de sete países e diversos estados e cidades do Brasil -, com histórias cantadas que transitam entre a música brasileira e as suas múltiplas influências. O show, neste domingo (02/04), às 10h30, com entrada gratuita, é na Estação Cultural da Fundação Romi, que apoia o evento junto à Prefeitura Municipal de Santa Bárbara d’Oeste. O repertório passeia pelos fados portugueses, rasgueados espanhóis, modinhas, choros, modas de viola, cantorias nordestinas e marchas-rancho. O artista Do Prado é o convidado para a abertura.
O sexteto, em sua peculiar formação, traz Jacque Falcheti (voz e pandeiro) e Flávio Vasconcelos (arranjos, violão e voz) acompanhados por Melina Cabral (vibrafone, percussão), Jonas Moncaio (violoncelo), Rodrigo Müller (corne inglês e oboé) e Rui Kleiner (bandolim). O projeto reúne as melhores canções dos dois álbuns lançados: “Passim” (2016), gravado em Portugal, com participação de músicos portugueses e italianos, e “Passim II” (2021), gravado no Brasil, com participação especial de Mônica Salmaso e Andrea dos Guimarães.
“Com alegria, Passim comemora 7 anos, com 7 shows presenciais em 7 cidades do Estado de São Paulo. Levar daqui pra lá, trazer de lá para aqui, o grupo homenageia e reflete, de maneira crítica, sobre uma importante faceta da música brasileira, contando e cantando sua própria história ao passo que continua a escrevê-la”, diz Vandreza Freiria, produtora executiva do projeto.
O repertório do show em Santa Bárbara d’Oeste apresenta arranjos minuciosamente escritos para cada instrumento, que transitam entre ritmos da cultura brasileira e suas linguagens com texturas únicas para as histórias cantadas. A composição das canções traz gêneros da música popular brasileira em sincronia com a influência da música ibérica – fados portugueses, rasgueados espanhóis, modinhas, choros, modas de viola, cantorias nordestinas, marchas-rancho, entre outros.
“O projeto também sintetiza as influências musicais mais marcantes do início da minha carreira: das canções caipiras cantadas em minha casa à música de Villa-Lobos, das cirandas e xotes dançados com meus amigos até o mestre Elomar. Acho que os anos de pesquisa das tradições musicais brasileiras junto com estudos da música erudita dançam nas notas que escrevi, uma a uma, nos arranjos dos dois discos e que temos o prazer de trazer tal como lá estão para os palcos, ao vivo”, diz Flávio Vasconcelos, diretor artístico do projeto.
A turnê celebra a trajetória do Passim, que nasceu do convite de Flávio à musicista Jacque Falcheti para, inicialmente, cantar suas canções. “A ideia do projeto desde o início teve esse caráter mambembe e cosmopolita, aberto para conhecimento de novas canções, culturas, formas de se fazer música, na busca de trazer o que tem de mais bonito no Brasil: a sua diversidade”, diz a cantora Jacque.
“Em Portugal, durante as gravações do primeiro álbum, que tem 14 canções de minha autoria, acabou se consolidando essa alma armorial do Passim, instrumentos acústicos e essas influências, gostos e cores com fados à nossa maneira, galopes, epopeias e histórias. Isso tudo se emaranha no próprio nome do projeto: Passim vem do latim e significa ‘aqui e lá'”, completa Flávio.
A influência da cultura ibérica na música brasileira é contada nas histórias cantadas por Passim e também pelos arranjos que trazem citações simbólicas de elementos desse universo e seus afluentes.
“A celebração e saudação de traços dessa cultura ibérica como neste trecho da canção ‘Fado Bruto’: ‘Gosto dessas serenatas, de seus versos e das quadras, dos suspiros e gemidos, das conversas descaradas que me trazem guitarradas quando eu toco os lábios seus’, encontram a reflexão crítica das mazelas do colonialismo, como no outro refrão: ‘Peripécia desalmada, a sua ira embalsamada ainda pulsa reluzente, desenredo da bravata que atiçou o mata-mata e minha nudez se fez doente’. Cantar esses Brasis à nossa maneira é trazer a memória à tona para esperançar um futuro mais consciente”, diz Flávio.
Para incentivar a produção musical autoral e trazer um pouco da alma de cada um dos lugares por onde o grupo vai passar, Passim convidou um “cantautor” regional para abrir o espetáculo musical em cada cidade. Com referências de diversos nomes da MPB e influenciado pelos beats da atualidade, em Santa Bárbara d’Oeste será Do Prado, que faz parte de um cenário singular do interior paulista atuando desde 2015 entre casas de shows, saraus e eventos. O artista lançou dois trabalhos em 2020: os EPs “Do âmago” e “Quando o sol acende”, que estão disponíveis em todas as plataformas de streaming.
Expo Tattoo traz premiados a Limeira
Premiado pelo ProAC (Programa de Ação Cultural), com realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o projeto “Passim: 7 anos aqui e lá” acontece em sete cidades do interior do Estado de São Paulo: Limeira (31/03), Rio Claro (01/04), Santa Bárbara d’Oeste (02/04), Espírito Santo do Pinhal (15/04), Araras (16/04), São Luiz do Paraitinga (21/04) e Ubatuba (22/04).
SERVIÇO
Show “Passim: 7 anos aqui e lá”
Data: domingo (02/04)
Horário: 10h30
Local: Estação Cultural da Fundação Romi – Avenida Tiradentes, 2 – Centro – Santa Bárbara d’Oeste/SP
Gratuito – entrada por ordem de chegada
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