O consumo racional da água já faz parte da rotina dos barbarenses mesmo depois de superada a crise hídrica que afetou o Estado de São Paulo no ano de 2014. Essa análise positiva se dá pelo relatório mensal gerado pelo setor de Apuração de Dados do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Santa Bárbara d???Oeste. O documento aponta que, atualmente, a queda no consumo de água no município atinge o índice de 26% na comparação com anos anteriores à crise. Motivada por uma campanha de conscientização, iniciada em fevereiro de 2014 pela autarquia barbarense e intensificada quatro meses depois, em junho, a queda no consumo de água foi detectada pelo sistema em julho daquele ano. A partir daí o setor não voltou mais a registrar a média mensal que antes da crise era de 1.222.418 m³ em 2013, caindo para 1.122.747 m³ em 2014 e chegando a 900.235 m³ no ano seguinte (2015). No acumulado dos quatro primeiros meses de 2016 essa média é de 927.135 m³, ficando com 97 m³ a menos da registrada nesse período em 2015. Compreendendo os períodos típicos de chuvas, de janeiro a março, e de estiagem, de abril a setembro, o ano de 2014 foi considerado um ano atípico com relação a essas condições climáticas. Naquele ano, de janeiro a setembro, o acúmulo de chuvas foi de apenas 599 milímetros, sendo que no mesmo período de 2015 a precipitação atingiu 940 milímetros, superando os índices pluviométricos esperados para cada mês e contribuindo para a recuperação total dos mananciais da cidade, que também teve ajuda das chuvas de novembro e dezembro de 2014, somando mais 550 milímetros. Os dados das precipitações foram levantados através do pluviômetro instalado na Represinha Santa Alice. Esse novo hábito de economia de água por parte dos barbarenses atende as expectativas do DAE, que se mobilizou com diversas obras que garantem uma segurança maior no abastecimento em caso de nova crise hídrica. As intervenções possibilitaram a captação de água de outros recursos hídricos existentes no município com instalações de adutoras e aquisição de bombas para o recalque da água até as estações de tratamento, em caso de necessidade. Mesmo com os níveis das três represas recuperados, o DAE orienta para que esta conscientização pelo uso racional da água por parte da população barbarense continue.