Após mais uma rodada de negociação em que não houve acordo para renovação da Convenção Coletiva, os sindicatos dos trabalhadores têxteis da região, prometeram greve a partir de janeiro. Os sindicatos de Americana, Santa Bárbara d???Oeste, Nova Odessa e Sumaré se reuniram hoje (15) pela manhã com a bancada patronal, representando o Sinditec. Sem avanço nas propostas econômicas e com a pretensão patronal de excluir da Convenção Coletiva cláusulas antigas, em benefício de artigos da Reforma Trabalhista, os representantes dos trabalhadores ficaram indignados e oficializaram o ???estado de greve???.
???Temos uma Convenção Coletiva equilibrada e que mantém uma harmonia entre os empregados e os patrões. Agora, querem usar a reforma trabalhista para alterarem esta Convenção de forma prejudicial aos sindicatos e aos trabalhadores. Não podemos aceitar???, comentou o presidente dos Têxteis de Americana, Antonio Martins. Na mesma linha, a presidente dos Têxteis de Nova Odessa, Valéria Cristina Bichof, disse que ???sempre soubemos entender as dificuldades do setor têxtil e agimos de forma parceira com o setor patronal. Mas revogar conquistas históricas e implementar a reforma trabalhista como padrão é inaceitável???.
Após o final da reunião, os presidentes dos sindicatos decidiram iniciar o movimento de greve a partir de janeiro, caso o Setor Patronal não reavalie sua posição. A ideia é mapear as empresas com maior influência dentro do Sinditec, as que iniciarão o ano com produção em alta e começar a paralisação por elas. Além da greve, os sindicatos pretendem realizar uma operação ???pente fino??? nas empresas, verificando situações como condições ergométricas, ambiente interno, cumprimento da legislação ambiental e respeito as normas trabalhistas. ???Não adianta pensarmos em greve neste final de ano, pois a maioria das empresas estão parando em férias coletivas. Então vamos usar este período para planejar as nossas ações e executá-las com eficiência???, finalizou Martins.