A Secretaria Municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Sumaré finalizou o levantamento que vinha sendo realizado desde maio para traçar o perfil dos moradores de rua que vivem em Sumaré.Segundo o ???Serviço Especializado em Abordagem Social???, foram realizados 65 cadastros até o mês de junho. A partir deste diagnóstico, a ideia é elaborar diretrizes para o atendimento efetivo deste público por parte do Poder Público Municipal e seus parceiros, além de estabelecer vínculos com esta população, a fim de que sejam construídas estratégias de atendimento junto, principalmente, às secretarias de Segurança Pública, Saúde e Assistência Social.Durante o trabalho, foi verificado que, dentre as 65 pessoas cadastradas, 19 moradores de rua estavam em trânsito, tendo como destino outros municípios. Esta situação, segundo a Secretaria Municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, inviabiliza que ações efetivas sejam tomadas pelos equipamentos públicos.As abordagens realizadas indicaram que 91% das pessoas em situação de rua em Sumaré são homens, com idade média de 38 anos, baixa escolaridade e sem qualquer experiência profissional. Também foram localizados dois adolescentes, sendo necessária a intervenção imediata do Conselho Tutelar do Município, o que foi feito.A maior parte da população abordada tem familiares ou possui vínculo com o município há mais de dois anos (53%), sendo que pouco menos da metade é proveniente de outros municípios do Brasil. Dos homens e mulheres abordados, 63% declararam fazer uso abusivo ou serem dependentes de álcool.
MUTIR??ESDesde o início de maio, a Prefeitura de Sumaré realizou uma série de abordagens, nas diversas regiões do município, com o objetivo de mapear as áreas de maior incidência de moradores de rua e levantar dados sobre as pessoas abordadas. As regiões do Centro e Nova Veneza, principalmente por conta do fácil acesso e da grande quantidade de comércio, registraram maior incidência desta população. No total, são quatro equipes com 30 profissionais, entre assistentes sociais, psicólogos e técnicos sociais, envolvidos nas ações de ???mutirão???.Durante as abordagens, os profissionais estudam diversas possibilidades de intervenções. Entre elas estão a reintegração familiar (no próprio município ou com o encaminhamento à cidade de origem), a oferta de atendimentos de Saúde (prevenção de DSTs, tratamentos para dependência de álcool e outras drogas, tratamentos em CAPS ??? Centros de Atenção Psicossocial, etc), apoio psicossocial, capacitação profissional, entre outros serviços, que devem ser realizados de forma intersetorial, por meio de parcerias com as Secretarias de Saúde, de Habitação, com o Conselho Tutelar e órgãos de Segurança Pública. No entanto, a aceitação é sempre voluntária por parte do abordado.Quem identificar algum morador de rua deve acionar o ???Serviço Especializado em Abordagem Social??? por meio do telefone do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social): (19) 3399-5900.