Restam pouco mais de 100 dias para terminar 2021 e esperança que tínhamos em dias melhores, está ameaçada por um novo vírus que se alastra pela liderança: a soberba.

Já não se fala mais em plano de ação para retomada da economia, nem tão pouco em políticas públicas para reparar evasão escolar. A pauta agora é “quem pode mais, chora menos”. O comportamento da liderança já ultrapassou o nível de guerra de poderes para um espetáculo de arrogância e desrespeito com os semelhantes.

Já dizia Platão que a forma de governar externamente é um reflexo de como governamos nosso interior. O que me faz entender que um líder dominado pela altivez consequentemente vai exprimir soberba em sua liderança.

Ouvimos hoje discursos timocratas, que me leva a crer que aqueles que estão à frente buscam em primeiro lugar satisfazer seu ego e afirmar a si próprio que estão certos, custe o que custar.

Assim como os que querem os privilégios para seu clã não importando o quanto isso pode ser prejudicial para a grande massa. A democracia seria a solução equilibrada para esses conflitos. E o Brasil é uma República Democrática, no entanto vemos que não se trata de um padrão político-estrutural, mas de pessoas.

Até a Bíblia Sagrada alerta: “A soberba precede a queda”, portanto, seguir por esse caminho será um encontro marcado com a ruína. Além de olhar para as lideranças, devemos olhar para nós mesmos afinal a soberba não está só na política, mas em todas as classes, nas igrejas, clubes e nos lares das famílias ricas ou pobres. A soberba está enraizada no indivíduo e tende a se alastrar por onde este alcançar. Assim, sejamos prudentes, sensatos e resgatemos a humildade em cada um de nós para que alcancemos sim dias melhores.

José Odécio de Camargo Júnior é advogado