O valor do aumento a ser dado para os servidores de Sumaré se transformou em briga de discursos. Enquanto o Sindicato dos Servidores alega que a prefeitura propôs apenas 3% (dos 6,97%) da reposição salarial anual, a Prefeitura diz que o “governo já está concedendo neste ano um reajuste de 9,27% aos servidores e está oferecendo mais 3% em janeiro de 2014. Isso representa 12,27% de reajuste. Este é o maior índice de reposição entre as cidades da RMC”.
Para explicar estes números, o NM conversou o advogado do Sindicato. Ele esclareceu que são duas situações diferentes. Os 9,72% são referentes a um acordo, garantido por lei, que o ex-prefeito Bacchim (PT) fez com prazo de cumprimento em 2013. “Esses 9,72% são referentes a reposição de 2010 a 2011, prevista para 2012, mas que ficou atrasada. Ano passado, Bacchim deixou acordado em lei que essa reposição seria paga divido em 3 parcelas durante 2013, a Cristina está cumprindo com uma lei”, explicou.
OS OUTROS 3% – Já para a inflação de 2011 a 2012, a Prefeitura está propondo 3% a partir de janeiro de 2014. “A lei prevê que a reposição deve ser no mínimo a inflação, que neste ano é 6,79%. Isso é um direito que não se discute, porém, a prefeitura está alegando dificuldade financeira”, disse o advogado. De acordo com o Sindicato, o temor dos servidores é que isso se torne uma “bola de neve”, com constante negociação da reposição.
PREFEITURA – A assessoria de imprensa da Prefeitura informou, ainda, que “mesmo encontrando uma situação financeira caótica no inicio da gestão, o governo não tem medido esforços em garantir o pagamento em dia aos servidores, compromisso que está sendo honrado mensalmente. Lembramos que a cidade ocupa o 3ª lugar no ranking de melhor remuneração dos servidores na RMC, apenas atrás de Campinas e Paulínia”. A folha de pagamento de Sumaré é de R$19 milhões.
