A greve dos servidores municipais de Sumaré, deflagrada no dia 02 de maio, foi suspensa liminarmente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, na última sexta-feira, a pedido da Prefeitura de Sumaré em um processo de medida cautelar.  Para nós, servidores e Sindicato, a ação representa o desespero da Administração Municipal que se sentiu pressionada por nossa forte atuação e luta.

Com o pedido de suspensão da greve, a Prefeitura mostrou que, nós, servidores, somos essenciais para o bom funcionamento do município. Isso só confirma a necessidade de valorização do funcionalismo municipal.
Durante os dois dias de mobilização, conseguimos mover a Prefeitura até a Justiça e fazer com que a Administração desse pelo menos um passo nas negociações do dissídio coletivo deste ano. Na decisão do TJ-SP, uma audiência de conciliação foi agendada entre a Prefeitura e o SINDISSU para às 14h30 do próximo dia 17 de maio. Na ocasião, iremos reforçar que a greve teve responsabilidade e manteve os serviços essenciais no município. Também iremos defender a necessidade de obtermos nossa reposição salarial de 6,97%, baseada no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido de março de 2012 a fevereiro de 2013, que é um direto inquestionável.
Além disso, o departamento jurídico do Sindicato irá ingressar com recurso para tentar reverter a decisão judicial e retomar o movimento grevista, que é legítimo e luta pela valorização do funcionalismo.
Nos dois dias de nossa paralisação, 1,2 mil servidores de 33 repartições públicas cruzaram os braços para pressionar a Prefeitura a conceder o que é nosso de direito. Rejeitamos a proposta de 3% de reajuste em janeiro de 2014, fizemos mobilização em frente ao prédio da Prefeitura e passeata.
Ressaltamos que em nenhum momento a Justiça disse que a greve é ilegal, mas somente atendeu a um pedido de liminar com base no que foi dito pela Prefeitura de Sumaré.
Agora, a Justiça irá nos ouvir e tomar conhecimento de nossa verdadeira situação, para, então, decidir sobre o movimento. Não iremos desistir ! A luta continua. Reposição sem enrolação !
Serviços essenciais – Na audiência, iremos esclarecer a verdade à Justiça: que os serviços essenciais foram mantidos no município durante o movimento grevista, conforme a lei de greve determina. Desde o início, os servidores e o Sindicato planejaram a greve com responsabilidade sempre pensando na população.