No seu mais recente balanço, o Instituto Adolfo Lutz confirmou a ocorrência de 280 casos de dengue em Sumaré em 2014, dos quais 279 são autóctones (ou seja, os pacientes foram picados em Sumaré mesmo). O município não possui até o momento nenhum caso confirmado de dengue hemorrágica e nenhuma morte confirmada pela doença. Há duas suspeitas de óbitos pela forma grave da doença (conhecida como ???dengue hemorrágica???) sendo analisados no momento pelo Adolfo Lutz, mas ainda sem resultado.
Os bairros que apresentam o maior número de casos são o Jardim Maria Antônia, com 34 pacientes confirmados da doença, e o Parque Florely, com 21. E é justamente nesta região, onde estão localizados estes dois bairros, que estão sendo realizadas ações semanais de nebulização com o apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). A ação acontece até o final de março, toda quarta e quinta-feira, e deve abranger uma média de 180 quarteirões, com mais de dois mil imóveis. Segundo a Vigilância Epidemiológica de Sumaré, 2014 é um ???ano preocupante??? para o risco de uma epidemia de dengue, não só em Sumaré como também em toda a RMC (Região Metropolitana de Campinas) e no Estado de São Paulo em geral. O principal motivo é que foi isolado o sorotipo DEN1 do vírus da dengue em dois pacientes de Sumaré e em outros nas demais cidades.
Este sorotipo não circulava na cidade há pelo menos 10 anos e para o qual, portanto, há baixa percentual de imunidade entre a população. Em 2013, Sumaré registrou quase 2,5 mil casos de dengue, o equivalente a praticamente 1% da população da cidade. O recorde histórico da epidemia foi em 2007, quando a cidade registrou 3.699 casos positivos. No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde trabalha com a possibilidade de a doença atingir novamente 1% da população agora em 2014.
CONSCIENTIZA????O A Prefeitura também tem mantido um trabalho constante de conscientização da população, através da imprensa regional e da distribuição de 100 mil panfletos de casa em casa pelas equipes do DAE (Departamento de Água e Esgoto), além de outros 25 mil panfletos para os alunos da Rede Municipal de Educação no início do ano letivo, com informações sobre os cuidados para evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti nas residências. Também há o trabalho dos Agentes de Controle de Endemias, orientando os moradores nas visitas casa a casa.
O Comitê Municipal de Combate à Dengue reforça o pedido para que a população colabore constantemente no combate aos criadouros das larvas do mosquito transmissor do vírus da doença, considerada a melhor forma de se evitar o agravamento da situação: 47,9% dos criadouros são encontrados dentro de residências, a maior parte deles em vasos de plantas.