Venho por meio deste, declarar oficialmente meu total desligamento da União da Juventude Socialista, explico através destas linhas meus motivos pessoais, ligados diretamente ao meu atual posicionamento político na conjuntura nacional-internacional, que é totalmente diferente ao da instituição, além de claro alguns desacertos ideológicos, que sempre me incomodaram
O respeito pela historia da UJS, permanece, seu passado nos trouxe grandes conquista, e o seu presente, em algumas oportunidades presta ainda serviços honrados a luta em alguns campos,porém o que me incomoda e me revolta, é o total estado de servidão a política de migalhas, ao passo do mínimo nunca conquistaremos a revolução
E, sobretudo, o que nunca entrou em minha cabeça é tratar a militância como rebanho, é reunir os jovens em passeatas e congressos, sem nenhum tipo de orientação, preparação… Estou presente na luta pelos direitos da juventude, desde muito cedo, tão cedo que hoje mesmo ainda jovem, já tenho quase uma década de militância nos movimentos sociais, 
Nesse tempo aprendi muita coisa, e quando digo coisa, generalizo as experiências, ideologias e as lições que a vida nos traz… Lá atrás na sexta serie, tive uma bela formação política, o que me deu base para seguir coerente com meus posicionamentos… Sem preparação, sem base e orientação, esta militância se torna uma espécie de ???bala perdida??? sem argumento ou preparação política (obviamente, não estou generalizando, dentro da UJS, tive contato com militantes, muito bem esclarecidos e formados dentro de seus argumentos).
Acredito que as unidades, os grupos de luta, têm como função canalizar esta revolta bruta, que todo jovem tem dentro de si, e não se aproveitar dela para promover ou receber prestigio político. E uma vez, que isso deixa de ser prioridade, ao ponto de nem ser comentado, tudo se perde o sentido. Ao fim, comparo esta minha trajetória, curta e intensa dentro da UJS, com a do personagem ???Capitão Nascimento???, dos filmes ???Tropa de Elite???, no inicio de tudo, eu era um fervoroso, e decidido militante das trincheiras da juventude socialista, ao ter contato com a mecânica interna, principalmente em maiores âmbitos, eu me senti em alguns momentos enganado e até mesmo usado… Depois deste ???baque???, com as coisas mais claras vejo como o capitão da historia de José Padilha, que ???agora o inimigo é outro???, hoje estou contra qualquer um que queira e pretende esconder ou disfarçar a verdade, estou contra quem tenta usar da força da juventude ao seu próprio prazer, estou contra qualquer força anti-revolução.
Agora mais do que nunca, que esta, a revolução, pode ser feita pela educação de uma geração, pela derrubada de dogmas, pela superação de paradigmas (inclusive dentro de ideologias, precisamos avançar no discurso socialista, o discutir, o debater, sem medo ou amarras… Comunismo não é religião).
Welinton H. Pereira, Ex- Presidente UJS Sumaré, e Dirigente Estadual