Eles regulam os níveis de glicose, a temperatura corporal e o metabolismo; auxiliam no processo de emagrecimento; no combate a doenças metabólicas e cardiovasculares; reforçam a defesa do organismo; melhoram a memória; ajudam a prevenir Alzheimer, Parkinson e vários tipos de câncer e ainda contribuem para melhorar nossa saúde mental.
Estamos falando dos músculos. Segundo o nutricionista funcional e responsável técnico pela Growth Supplements, Diogo Cirico, o ganho de músculos vai muito além da questão estética, da mobilidade e da força. “Eles são indispensáveis para quem quer viver mais e com melhor qualidade de vida”, resume Cirico.
O nutricionista explica que não faltam evidências científicas do poder da massa muscular. Um estudo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition em 2014 relacionou uma baixa massa muscular com uma probabilidade maior de morte. Isso levou os cientistas a afirmarem, em 2018, na revista científica Annals of Medicine, que a massa muscular deveria ser considerada um sinal vital, como a pressão sanguínea.
Ter mais músculos ajuda a prevenir uma série de doenças
Mas por que os músculos são tão importantes? A resposta está nas miocinas, substâncias produzidas durante a atividade física e que desempenham um papel fundamental na longevidade. O nutricionista explica que o nosso corpo é composto por cerca de 600 músculos, que representam de 40 a 50% do nosso peso total. Essa massa muscular é responsável por realizar movimentos, sustentar nosso esqueleto e armazenar energia na forma de glicogênio.
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Durante a contração e o relaxamento das fibras musculares, uma série de eventos ocorre, gerando subprodutos conhecidos como miocinas. “Elas agem como mensageiros, comunicando-se com diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Dependendo do tipo de exercício, sua duração e intensidade, diferentes miocinas são produzidas e direcionadas para atuar em áreas específicas”, detalha o especialista.
Mapa dos benefícios
Cirico diz que é possível fazer um mapa traçando a ação benéfica das miocinas no nosso corpo. Nos ossos, por exemplo, há a produção de fator neurotrófico ciliar, que estimula a produção de osteoblastos, responsáveis pela força e rigidez óssea. Já nos seios, são produzidas substâncias conhecidas como SPARC, que ajudam a reduzir a formação de tumores no colón e inibem o crescimento de células cancerígenas. “No pâncreas, a Interleucina 6 ativa a via metabólica das gorduras, facilitando o processo de emagrecimento. No intestino, a GLP-1 previne, atenua, atrasa e combate a formação de tumores. O metabolismo como um todo é favorecido pela FGF21, que aumenta a captação de glicose. E não para por aí: no cérebro, a miocina BDNF melhora a capacidade cognitiva, o aprendizado e a memória”, enumera o nutricionista.
Exercite os músculos para ter uma vida mais longa
Plano de ação
Portanto, ensina o nutricionista, o segredo para quem quer viver mais é acrescentar exercícios de força, alimentação balanceada, sono adequado e controle do estresse à rotina. Cirico conta que, no processo para desenvolvimento muscular, é indispensável equalizar o consumo de proteínas na dieta. Isso acontece porque a substância é indispensável no processo de construção de massa muscular e na recuperação do tecido após a prática de exercícios. “De uma forma geral, podemos dizer que a quantidade ideal do macronutriente por dia gira em torno de 1,4 a 2 gramas por quilo de peso do indivíduo. Esse valor varia conforme a rotina de exercícios da pessoa”, observa.
O nutricionista explica a importância de contar com o acompanhamento de um profissional para planejar a dieta e a prática de exercícios. “Antes de sair tomando suplemento para aumentar a massa muscular, converse com um especialista para entender suas necessidades e montar um plano alimentar adequado à sua rotina, assim você aumenta as chances de ter mais sucesso e alcançar seus objetivos de forma mais rápida”, completa.
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