Os sindicatos dos trabalhadores têxteis da região decidiram esta quinta (08), após nova reunião com o Sinditec, Sindicato Patronal, ir à dissídio coletivo para resolver o reajuste de salários, piso da categoria, valor da multa do PPR (Programa de Participação nos Resultados) e auxílio-creche. 

A decisão foi tomada após a quinta rodada de negociação e a última proposta do setor patronal em reajustar os salários em 3% em novembro, 1,8% em janeiro e mais 1,8% em março. Na reunião passada, os representantes dos trabalhadores propuseram reajuste de 7,5% em novembro ou 5% em novembro e 3% em janeiro, como forma de evitar o dissídio, processo desgastante, que é resolvido na Justiça do Trabalho.
O presidente dos Têxteis de Americana, Antonio Martins, lamentou o final das negociações. ????? ruim para todos os lados, que as negociações coletivas não cheguem a um acordo. Mas os sindicatos não aguentam mais abrir mão do recebimento da inflação. Quando propusemos os 7,5% este índice já é 1% menor que a inflação do período, mas mesmo assim a intransigência patronal se mantém. Vamos ao dissídio, cremos que a Justiça determinará, mesmo com demora e desgaste, a aplicação da inflação???. A mesma posição foi adotada pelos sindicatos dos Mestres e Contra Mestres, pessoal de escritório e cargos de chefia; Têxteis de Santa Bárbara d???Oeste, Nova Odessa, Campinas e Sumaré.OfícioO Sindicato de Americana está comunicando as empresas e escritórios de contabilidade que as cláusulas alvo de dissídio são somente as quatro econômicas (reajuste de salário, piso, PPR e auxílio creche).  Todas as demais, por força do Acordo do ano passado, permanecem válidas até 31 de outubro de 2017. O Sindicato também solicita que as empresas façam uma antecipação salarial imediata de 7%, enquanto aguardam o desfecho do dissídio. ???Acredito que as empresas farão a antecipação, pois os trabalhadores estão inflamados pela situação econômica que enfrentam. Não há clima para manterem os empregados sem reajuste de salário???, concluiu Martins.