As três universidades públicas paulistas, USP, Unesp e Unicamp, fecharam na última quinta-feira proposta que será apresentada nesta semana ao governador Geraldo Alckmin para adoção de um programa de cotas que destinará 50% das vagas a alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. O objetivo é igualar o percentual estabelecido pelo governo Dilma Rousseff para as universidades federais na lei de cotas.
A informação foi revelada pelo reitor em exercício da Unesp, Julio Cezar Durigan, membro do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), que vinha discutindo o plano desde o início de outubro. Naquela data, o governador pediu a formulação da política estadual sobre o assunto. A assessoria de imprensa da USP não confirmou a informação. A Unicamp, em nota, resumiu-se a dizer que uma comissão criada recentemente pelo Cruesp discute uma proposta preliminar sobre inclusão social.
A proposta estadual, assim como a lei federal, leva em conta critérios econômicos e raciais de inclusão. Parte das vagas reservadas seria para estudantes com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa; outra parte ficaria com pretos, pardos e índios.