Dias atrás fiz uma reflexão interessante em meu facebook, que acabou se transformando em um diálogo muito interessante. Por isso trago o tema para este espaço.
Seja nas ruas ou nas redes sociais tenho a percepção de que as pessoas resolveram participar mais das discussões que envolvem a política. Sei que a imagem do político está cada vez mais desgastada por conta daqueles que usam cargos públicos em benefício pessoal. Mas não devemos generalizar. A política quando feita da maneira correta, usando os instrumentos certos para melhor empregar o dinheiro dos impostos, principalmente utilizada para aqueles que mais precisam pode ser muito boa e importante na vida da população.Além de discutir política as pessoas também estão cada vez mais interessadas em discutir os investimentos públicos. Uma coisa é fato, não é possível fazer tudo. Então as prioridades precisam ser elencadas. Nós podemos investir tudo em um lugar só? Por exemplo, pegar todo o recurso que o Estado arrecada e colocar tudo na Saúde? A resposta é muito simples, não podemos. Até porque se fizéssemos isso, como ficariam outras áreas cruciais, como a Educação, Segurança Pública, Cultura entre outras?A Lei de Responsabilidade Fiscal deu um parâmetro básico para que o agente público pudesse ter um norte. Em resumo, de todo imposto arrecadado, obrigatoriamente, no mínimo 25% deve ser investido em Educação e 15% na Saúde. Não se pode gastar mais que 49% em Folha de Pagamento, entre outras obrigações.Diante desses parâmetros Constitucionais, os agentes públicos precisam ter a sensibilidade e o preparo para saber como investir esses recursos tentando minimizar a desigualdade social. Como diz nosso governador Geraldo Alckmin: governar é escolher prioridades.Acredito que o diálogo constante, a transparência, o preparo e o fortalecimento das Instituições fiscalizadoras, que garantam punição para quem usa o mandato para benefício próprio, são os caminhos para o avanço do resgate e da confiança da população nos homens públicos.Cauê Macris, Deputado Estadual e Líder do Governo na Assembleia Legislativa de São Paulo