Foto divulgação/Nasa
O Veículo de Exploração Polar para Investigação Volátil (Viper) vai pousar no polo sul da Lua em 2023 para procurar água e outros recursos, anunciou nessa segunda-feira (20) a Nasa, agência espacial norte-americana.
O local da missão, parte do programa Artemis, será perto da borda ocidental da cratera Nobile, onde irá explorar a superfície e subsuperfície da área.
A equipe da agência avaliou trajetórias viáveis para o rover, tendo em conta locais onde o Viper poderia utilizar os seus painéis solares para carregar e conservar o calor durante a viagem de 100 dias.
“Estamos à procura de respostas a algumas perguntas bastante complexas, e estudar esses recursos na Lua, que resistiram ao teste do tempo, vai nos ajudar a responder”, disse Anthony Colaprete, cientista que coordena o projeto.
O Viper, que será lançado a bordo de um foguete Falcon Heavy da empresa privada SpaceX, estudará uma superfície lunar de aproximadamente 93 quilômetros quadrados.
Durante a missão, serão recolhidas amostras de pelo menos três locais em áreas cuidadosamente selecionadas, que proporcionarão maior compreensão de uma vasta gama de diferentes tipos de ambientes lunares, disse a Nasa.
A equipe Viper procurará analisar as características do gelo e outros recursos, utilizando sensores e o berbequim do rover a bordo.
A análise de amostras de uma variedade de profundidades e temperaturas ajudará os cientistas a prever melhor onde mais poderá haver gelo na Lua, com base em terreno semelhante, permitindo à Nasa mapear recursos.
A ideia é compreender melhor a distribuição de recursos na Lua e documentar as futuras missões tripuladas à superfície lunar.
A Nasa explicou que o pólo sul lunar é uma das regiões mais frias do sistema solar.
“Nenhuma missão anterior à superfície da Lua explorou essa região”, acrescentou.
Dados de missões anteriores ajudaram os cientistas a concluir que o gelo e outros recursos potenciais existem em áreas da lua próximas dos pólos.
Os dados que o Viper envia vão fornecer aos cientistas de todo o mundo “maior compreensão da origem cósmica, evolução e história da nossa lua”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Nasa para a ciência.
AGÊNCIA BRASIL