Além de ser conhecido nacionalmente por ser dono rede Havan, Luciano Hang também é um dos mais frequentes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O empresário esteve até na posse do presidente em Brasília. Apesar disso, Hang afirma não ser bolsonarista.
Quando questionado, em entrevista à Veja, há quanto tempo não falava com o presidente, Hang negou ser próximo de Bolsonaro.
“Eu não falo com o presidente há uns quinze dias. Estive em Brasília há três meses, na posse do ministro da Justiça [André Mendonça]. Fui com outros empresários. Não sou bolsonarista como dizem”, afirmou o empresário.
Hang deseja ser conhecido como “ativista patriota”, que tem como objetivo reduzir a burocracia no país.
“Muitos empresários não se envolvem na política com medo de receber represália em qualquer órgão, seja municipal, estadual ou federal. Eu me envolvi para mudar isso e ajudar a reduzir a burocracia para não ficarmos à mercê de um burocrata. Sou um ativista, um patriota, querendo um país livre e com economia mais liberal”, alegou o dono da Havan.
Sempre ao lado de Bolsonaro mas polêmicas, Hang garantiu que seu apoio ao governo federal não é incondicional.
“Naquilo que o governo fizer certo, vou defendê-lo. Naquilo que fizer errado, vou criticá-lo”, afirmou à Ve
Esse distanciamento de Hang e Bolsonaro vem exatamente após o empresário ser alvo de bloqueios em redes sociais. A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a existência de uma suposta rede que promove ataques a membros da Corte e ao Congresso Nacional.
Questionado sobre os bloqueios, o empresário disse que está tendo seu direito de ter redes sociais cerceado.
“Fiquei decepcionado. Tenho 8,5 milhões de seguidores. No Código Penal, há diversas formas de você punir alguém que faz alguma coisa errada. Tem calúnia, difamação, danos morais. Eu sou muito atacado por blogs, sites e jornais de esquerda, que falam mentiras sobre mim. E aí processamos cada um. É assim que tem que ser.”