(Reuters) – A Venezuela marcou a eleição presidencial deste ano para 22 de abril, depois que fracassaram conversas mediadas entre o governo de esquerda e uma coalizão de oposição, abrindo caminho para a provável reeleição do presidente Nicolás Maduro.
O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) já havia dito que a votação seria realizada antes do final de abril, com Maduro como candidato, apesar de sua impopularidade generalizada e de uma crise econômica devastadora na nação rica em petróleo.
Durante as conversas realizadas nas últimas semanas na República Dominicana, a oposição fez pressão para que a eleição acontecesse mais tarde neste ano para ter tempo de escolher um candidato, já que seus dois líderes principais estão inelegíveis.
Mas as tratativas entre os adversários desmoronaram na quarta-feira, e o Conselho Nacional Eleitoral, que é pró-governo, anunciou à noite a data de 22 de abril para a realização do pleito.
Diversas nações, incluindo a vizinha Colômbia, já disseram que não reconhecerão a eleição, alvo de críticas devido ao uso indevido de recursos estatais e à desqualificação de políticos opositores.