O vereador Carlos Fontes (PSL) usou a palavra durante a sessão desta terça-feira para falar dos frequentes incêndios nos canaviais e áreas com mato em Santa Bárbara. Em determinado momento, o parlamentar, que é evangélico, relatou que ouviu da empresa Raízen que em um dos incêndios identificados pela empresa foram encontradas velas no local.
“Foi falado em uma reunião recentemente com o pessoal responsável pela Raízen que teve incêndio que foi ocasionado devido a umas velas nas encruzilhadas com frango e farofa, então, foi feito uma macumbinha ali e por causa daquela vela, pegou fogo na palha da cana e incendiou tudo, ai coloca a culpa na Câmara Municipal, como se nós tivéssemos culpa. Como se nós estivéssemos lá fazendo a macumbinha”, disse Fontes.
Fontes ainda reclamou que a população acha que a culpa dos incêndios é do vereador. “Essa situação está insustentável. Tem pessoas da população que acha que o vereador é bombeiro. Ele acha que é o vereador que vai pegar a mangueira e vai apagar o fogo. Coloca a culpa no vereador. Como se o vereador tivesse pegado uma caixa de fósforo, acendido e ateado fogo no canavial ou numa área pública”.
O parlamentar ainda sugeriu que as usinas precisam ter um monitoramento tipo o BigBrother nos canaviais e ficar 24 horas monitorando para “pegar quem faz esse tipo de situação”, de tacar fogo na cana.
“É uma coisa que não tem fim, essa luta vem desde 1997, desde o primeiro mandato e ouvimos a mesma balela, a mesma ladainha, a mesma novela, nunca acaba. A gente faz nossa parte que é a ação política, de chamar os responsáveis das usinas para que eles possam buscar alternativas para tentar resolver esse problema.”, disse.
Fontes encerrou dizendo que todos os vereadores de alguma forma já tentaram contribuir para a resolução do problema, mas que é muito difícil pegar “o camarada” que faz isso. “Nós temos 200 mil fiscais para ficar atrás? Tem 200 mil polícias para ficar na cola de cada um? Não tem. O camarada quando quer cometer um crime ambiental, ele vai de madrugada tacar fogo”.