Leite, óleo, iogurte, biscoito e até produtos de limpeza e higiene pessoal são apenas alguns exemplos de itens que têm pesado no bolso do brasileiro. Apesar do aumento de preço de todos esses produtos, o leite e seus derivados são os alimentos que mais preocupam os consumidores na hora das compras.

E isso não é por acaso. Nos últimos meses, era possível encontrar o litro do leite longa vida sendo vendido entre R$ 8,00 e R$ 10,00 em várias regiões do país. De acordo com dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), indicador conhecido como prévia da inflação, esse preço alto reflete o impacto da inflação no valor do leite longa vida, que aumentou quase 80% entre janeiro e agosto deste ano.

Além de sofrer com a alta do preço dos alimentos, o brasileiro ainda enfrenta outro desafio: abastecer o carro. Afinal, o preço da gasolina também sofreu uma grande variação nos últimos meses, comprometendo seriamente o orçamento doméstico.

Para piorar a situação, apesar da alta de preço, o valor dos salários continua o mesmo. Diante desse cenário, muita gente se pergunta: por que está tudo tão caro? Para responder essa pergunta, neste artigo você vai entender quais fatores provocaram a alta no preço dos alimentos, quais são as perspectivas para os próximos meses e como economizar nesse período.

Por que está tudo tão caro?

A alta no preço de produtos, serviços e combustíveis é resultado de diversos fatores. Entre eles, problemas climáticos, efeitos da pandemia na cadeia produtiva e até a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A produção de leite, por exemplo, envolve uma cadeia produtiva complexa que foi seriamente afetada por todos esses motivos.

O mais importante deles é o conflito na Ucrânia, que provocou o aumento no preço dos fertilizantes e contribuiu para o crescimento expressivo no valor do diesel, insumos essenciais para a produção agrícola. Como consequência, a produção de commodities como soja e milho foi afetada, encarecendo o valor da ração utilizada para alimentar os rebanhos.

Além disso, os produtores ainda enfrentaram a pior estiagem dos últimos anos, o que resultou na redução da oferta de produtos agrícolas no mercado. Como resultado dessa sequência de eventos, os preços do mercado começaram a sofrer um verdadeiro efeito dominó, já que o aumento dos valores de produtos básicos provocou a alta de outros alimentos.

O leite, por exemplo, é utilizado como matéria-prima para outros produtos alimentícios, como queijos, biscoitos e iogurte. Por isso, todos esses itens também ficaram mais caros.

Algo parecido ocorreu com o preço dos combustíveis, que também sofreu uma grande alta e variação em função de questões econômicas e problemas internacionais, principalmente a guerra na Ucrânia.

Todos esses fatores contribuíram para o aumento da inflação e a queda do poder de compra do brasileiro ao pior patamar nos últimos cinco anos. Por isso, a população enfrenta dificuldades para encher o carrinho no supermercado.

Preços devem cair nos próximos meses

Apesar do custo de vida ainda estar alto, especialistas afirmam que os preços de alguns produtos devem cair nos próximos meses. Em entrevista à Época Negócios, o pesquisador Samuel Oliveira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), afirmou que o pico do preço do litro de leite já passou e foi registrado em agosto de 2021.

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação média do litro de leite tem sofrido quedas desde o início de agosto. Em São Paulo, por exemplo, a cotação caiu cerca de 17%.

Para Samuel Oliveira, o valor do litro de leite não deve retomar ao patamar registrado antes da pandemia. Apesar disso, ele acredita que o preço do leite deve continuar caindo nesse segundo semestre.

Outro item que já sofreu uma queda significativa de preço é a gasolina. Há alguns meses, o litro da gasolina chegou a ser vendido por mais de R$ 8,00 em algumas cidades.

Porém, após algumas mudanças no cenário político internacional e cortes realizados pelo Governo Federal, como a limitação das alíquotas de ICMS sobre os combustíveis, hoje o cenário é diferente.

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio da gasolina atualmente é de aproximadamente R$ 5,40. Como ninguém sabe se os cortes realizados pelo governo serão mantidos nos próximos meses e se haverá mudanças no cenário político internacional, é difícil prever se o preço da gasolina continuará caindo.

A mesma situação ocorre em relação a outros produtos, especialmente das commodities agrícolas e de insumos utilizados como matéria-prima. Diante desse cenário ainda incerto, a melhor saída para administrar o orçamento doméstico é aprender a economizar.

O que fazer para economizar?

Os preços altos obrigam muitas famílias brasileiras a adotar soluções para economizar e conseguir usar o salário até o fim do mês. Uma dessas soluções é buscar produtos alternativos para substituir itens tradicionais do carrinho.

Em função da alta do preço do leite, por exemplo, muitas famílias trocaram o leite UHT pelo leite em pó, com melhor custo-benefício. Outras conseguiram trocar o leite integral por sucos e leites vegetais caseiros. O mesmo ocorreu com produtos de limpeza e higiene pessoal. Para economizar, muita gente tem buscado produtos de marcas mais baratas.

Embora essas trocas sejam importantes para contornar a alta de preços e economizar, elas não são suficientes para ajudar as pessoas a sobreviverem nesse período de custo de vida elevado.

O ideal é que as pessoas tenham maior controle financeiro, utilizando todos os recursos disponíveis necessários para obter vantagens e descontos para reduzir os gastos.

Dentre esses recursos, um dos mais eficientes para ajudar a controlar as finanças é utilizar um aplicativo para dividir as contas, essencial para administrar a chamada conta conjugada.

Dessa forma, casais e familiares que querem administrar seus recursos em conjunto, conseguem gerenciar as finanças de um jeito mais simples e prático.

Como a conta conjunta pode te ajudar a economizar?

A conta conjunta tem as mesmas funções de uma conta simples. A diferença é que suas transações, como saques, pagamentos e transferências, podem ser realizadas e visualizadas por mais de uma pessoa.

Por isso, a abertura desse tipo de conta depende da relação de confiança entre os titulares, que geralmente buscam transparência e equilíbrio nos gastos financeiros.

Como resultado, aqueles que optam pela conta conjunta obtêm benefícios como a redução de despesas e facilidade na gestão orçamentária.

Afinal, os titulares podem centralizar o pagamento de dívidas, ter acesso a limites maiores e melhores condições de pagamento, bem como ter maior controle sobre as finanças dos titulares.

E tudo pode ser feito e monitorado de forma simples, através de um aplicativo para dividir as contas. Dessa forma, é possível reduzir os atritos provocados por questões financeiras e até melhorar o relacionamento a dois.

Quem tem conta conjunta ainda tem mais facilidade para aproveitar os benefícios de programas de pontos, famosos por garantir descontos e trocas por produtos e serviços.

Por esses motivos, abrir uma conta conjunta é considerado uma das medidas necessárias para ajudar as famílias a economizar e conseguir manter as contas em dia em tempos de preços elevados.