Os agentes da Vigilância em Saúde de Nova Odessa realizaram 21 mil visitas em 2017 para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Além disso, ações como passeatas, apresentações flash mob e distribuição de panfletos foram realizadas pela IEC (Informação, Educação e Comunicação) para conscientização dos moradores sobre o assunto.

Responsável pela IEC, Meria Aparecida Soares Brito de Jesus reforçou que a conscientização é a melhor arma no combate ao Aedes aegypti e que este é um trabalho que deve ser mantido durante todo o ano. ???Vivemos em um país tropical, com a maior parte do ano de muito calor, o que propicia a reprodução do mosquito. Em Nova Odessa, desenvolvemos um trabalho contínuo de orientação e contamos com a importante ajuda dos alunos da rede municipal de ensino, que participam de inúmeros projetos sobre o tema e nos ajudam na missão de conscientizar a população???, afirmou.

Segundo ela, apenas as ações da IEC desenvolvidas este ano atingiram cerca de 3,7 mil pessoas. Em 2017 foram realizadas dez passeatas em diferentes bairros da cidade, com participação de aproximadamente 260 alunos. ???Realizamos também com participação de alunos do Ensino Fundamental duas apresentações de flash mob na área Central. Foram ações que despertaram a curiosidade do público e que certamente contaram pontos na luta contra o mosquito???, explicou.

A IEC também realizou em parceria com a Secretaria de Educação atividades junto aos alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. ???Além das atividades nas escolas, as crianças também levaram para suas casas panfletos com orientações, o que amplia consideravelmente o nosso campo de atuação, já que este material certamente chegou aos familiares e amigos destes alunos???, disse.

Em dezembro também foi realizada em Nova Odessa a Semana Estadual de Mobilização contra o Aedes aegypti, com distribuição de panfletos, orientações sobre cuidados para evitar criadouros do mosquito e esclarecimentos de dúvidas. A campanha foi realizada no Ambulatório de Especialidades, nos postos de saúde do Jardim São Jorge, São Manoel e Jardim Alvorada e também nos comércios da área central e Jardim Alvorada.

Méria lembrou que o combate ao mosquito depende da colaboração da população. ???Ao eliminarmos possíveis criadouros, estamos evitando a procriação do mosquito e, consequentemente, mantendo longe as doenças que ele causa. O poder público tem feito inúmeras ações para o combate à dengue, zika e chikungunya, mas precisamos da compreensão e colaboração da população para termos um resultado ainda mais eficaz???, afirmou.

VISITAS ??? Além do trabalho de conscientização dos alunos, a Vigilância Epidemiológica também desenvolveu ao longo do ano inúmeras ações voltadas para o combate do Aedes aegypti. Durante todo o ano foram realizados mutirões ??? alguns em parceria com o governo do estado – e visitas casa a casa para orientação dos moradores e busca ativa de possíveis criadouros. Neste ano, foram cerca de 21 mil visitas realizadas em diferentes pontos da cidade.

???Os resultados destas e outras ações podem ser constatados nos levantamentos que temos sobre a doença. Os dados da última edição do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) apontou índice zero de infestação em Nova Odessa???, explicou o secretário de Saúde, Vanderlei Cocato.

A Avaliação de Densidade Larvária é preconizada pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), do Ministério da Saúde, e tem o objetivo de avaliar os níveis de infestação de larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre Chikungunya e zika vírus. De acordo com parâmetros do Ministério da Saúde, quando o índice obtido é menor que 1,0, o resultado é considerado satisfatório; de 1,0 a 3,9, estado de alerta; e acima de 4,0, alto risco.

Cocato citou também a queda nos casos da doença. Este ano foram registradas 104 notificações, com seis casos positivos. No ano passado foram 283 notificações com 62 casos confirmados. Em 2015, Nova Odessa teve 3.189 notificações, com 1.725 casos positivos da doença.