O voto do senador Sérgio Moro a favor da indicação

de Flávio Dino para ministro do Supremo Tribunal Federal voltou a rachar a direita brasileira. Já durante a sabatina e na entrevista depois que saiu do plenário, Moro passou a ser instado a declarar seu voto. Uma foto dele com Dino- os dois rindo- também calou forte na alma dos bolsonaristas. Outra foto publicada mais tarde, que mostra conversa do senador com um ‘mestrão’ indica seu voto favorável a Dino.

VAI E VOLTA– Moro voltou a se aproximar de Bolsonaro na disputa eleitoral de 2022, chegando a ir com ele a debate na TV Globo. Estiveram próximos até recentemente, mas agora o bolsonarismo decidiu elegê-lo o ‘traidor’ da vez.

Até a semana passada, o principal alvo dos bolsonaristas na direita era o MBL (Movimento Brasil Livre), acusado de atacar Bolsonaro e poupar Lula na campanha do ano passado. Agora, a pecha de traíra volta a cair sobre Sérgio Moro. Ele era cotado para ir para o STF e foi ministro de Bolsonaro por 1 ano e meio, mas saiu após acusar o ex-presidente de ingerência sobre sua pasta.

Voto de Moro em Dino volta a rachar direita

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) a indicação do senador licenciado e atual ministro da Justiça Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação secreta terminou com 47 votos a favor e 31 contrários, além de 2 abstenções. O relator da indicação presidencial (MSF 88/2023) foi o senador Weverton (PDT-MA). O próximo passo será a posse do indicado no STF. Dino ocupará a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber.

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Durante o dia, Dino foi sabatinado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) por mais de dez horas e recebeu 17 votos favoráveis e 10 contrários. Durante os debates, a oposição se concentrou na carreira política de Flávio Dino, criticando sua atuação partidária e sua gestão no Ministério da Justiça. Dino garantiu que seu trabalho como ministro do STF não terá viés político e defendeu a presunção de constitucionalidade das decisões do Congresso. Mas disse também que não terá “preconceito” de dialogar com a classe política.

— Eu não terei nenhum medo, nenhum receio e nenhum preconceito de receber políticos e políticas do Brasil, porque Vossas Excelências são delegatários da soberania popular. Independentemente das cores partidárias, terão idêntico respeito, como assim fiz na minha vida inteira — disse na sabatina.

Na votação no Plenário, o relator elogiou a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e destacou a carreira do indicado.

 

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