Na lista de nomes masculinos, liderada por Miguel, também tiveram mais de 200 mil registros, Arthur (287.886), Davi (248.066) e Gabriel (223.899), sendo Pedro Henrique o único nome composto no ranking dos 10 mais escolhidos. Já na escolha dos nomes femininos, além de Maria Eduarda em primeiro lugar, estão Alice (193.788), Laura (153.557) e Sophia (147.579). Nesta classificação, outros três nomes compostos integram o top 10: Maria Clara (140.043), na quinta colocação, Ana Clara (121.920), na nona, e Ana Julia (110.123), no 10º lugar.
O levantamento de 2010 a 2020, reuniu dados de todos os 7.660 Cartórios de Registro Civil dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, que formaram uma base de mais de 24 milhões de registros realizados na última década, disponível no Portal da Transparência do Registro Civil – www.registrocivil.org.br .
Por meio da base de dados da Central Nacional de Informações do Registro Civil – plataforma eletrônica que reúne números de Cartórios de todo o País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil) -, identificou-se, ainda, que o nome Miguel mantém a liderança em 10 unidades da federação, e Arthur, é o mais escolhido em oito estados. O ranking da década também mostra que Maria Clara, Maria Eduarda e João Miguel representaram os nomes compostos, sendo a preferência em 9 estados.
Ranking 2020
O ranking dos nomes mais registrados em 2020 marcou uma reviravolta dos nomes simples, que ultrapassaram os nomes compostos e agora ocupam as primeiras posições entre os mais escolhidos pelos pais. Neste ano, estes são maioria no ranking dos 10 mais, liderados por Miguel e Arthur, também os mais escolhidos da década, com 27.371 e 26.459 registros, respectivamente. Em 2018, os nomes compostos ocupavam cinco colocações do ranking nacional, tendência que se manteve em 2019, quando apareciam nas sete primeiras posições da lista de mais escolhidos.
O ranking dos 10 mais entre os nomes masculinos representa esta mudança de gosto dos pais brasileiros, com a presença de nomes como Theo (18.674), Davi (18.623) e Gael (16.667), que não integraram a lista nos anos anteriores, ocupando o lugar de nomes que se consolidaram ao longo da década, como Enzo Gabriel, agora fora dos 10 mais escolhidos, e João Miguel, apenas o 10º colocado em 2020. Já entre os nomes femininos, a liderança neste ano é de Helena, com 22.166 registros, sendo o primeiro nome simples a ocupar essa posição desde 2017, ultrapassando Maria Eduarda, que liderava em 2018 e 2019, e agora aparece na nona posição no ranking, com 9.856.
As preferências regionais neste ano seguem, em sua maioria, o ranking nacional. Porém, repetindo o resultado de 2019, os nomes compostos aparecem com destaque na região Nordeste, em especial João Miguel, que foi o mais escolhido em cinco estados nordestinos. As demais regiões do País mantiveram o padrão apresentado em âmbito nacional, com a preferência pelo nome líder do ranking, Miguel. Já oito estados colocaram o nome Arthur em primeiro lugar, enquanto Alagoas e Espírito Santo foram as únicas unidades federativas que tiveram um nome feminino na liderança, com Maria Cecilia e Helena, respectivamente. Confira abaixo o ranking completo de 2020.
Mudança de nome
Apesar do nome ser regido pela regra da imutabilidade, ou seja, deve se manter inalterado para segurança das relações jurídicas, existem exceções em lei onde a alteração é possível. Ela pode ser feita em Cartório, até um ano após completar a maioridade – entre 18 e 19 anos – sem qualquer motivação -, desde que não prejudique os sobrenomes de família. Também é possível a correção de nome quando for comprovado erro evidente de grafia no registro.
No caso de pessoas transexuais, a mudança do nome pode ser feita em Cartório, sem a necessidade de prévia autorização judicial, apenas com a confirmação de vontade do indivíduo. As demais alterações, como exposição do nome ao ridículo ou proteção a testemunhas só podem ser feitas por meio de processo judicial.
Já a inclusão do sobrenome, pode ocorrer nos casamentos, nos atos de reconhecimento de paternidade e maternidade – biológica ou socioafetiva -, e nos casos em que os pais de filhos menores constatam, em conjunto, que o registro original não reflete todas as linhagens familiares. Já a retirada ou alteração do sobrenome pode ser solicitada pela pessoa viúva, mediante a apresentação da certidão de óbito do cônjuge.
RANKING NACIONAL DE NOMES MAIS REGISTRADOS NA DÉCADA
10 NOMES MAIS FREQUENTES
MIGUEL 321.644
ARTHUR 287.886
DAVI 248.066
GABRIEL 223.899
MARIA EDUARDA 214.250
ALICE 193.788
HEITOR 154.237
PEDRO HENRIQUE 154.232
LAURA 153.557
SOPHIA 147.579
10 NOMES MASCULINOS MAIS FREQUENTES
MIGUEL 321.644
ARTHUR 287.886
DAVI 248.066
GABRIEL 223.899
HEITOR 154.237
PEDRO HENRIQUE 154.232
BERNARDO 143.046
SAMUEL 140.695
LUCAS 140.683
GUILHERME 131.634
10 NOMES FEMININOS MAIS FREQUENTES
MARIA EDUARDA 214.250
ALICE 193.788
LAURA 153.557
SOPHIA 147.579
MARIA CLARA 140.043
JULIA 138.675
HELENA 132.342
VALENTINA 125.813
ANA CLARA 121.920
ANA JULIA 110.123
RANKING NACIONAL DE NOMES MAIS REGISTRADOS EM 2020
10 NOMES MAIS FREQUENTES
MIGUEL 27.371
ARTHUR 26.459
HEITOR 23.322
HELENA 22.166
ALICE 20.118
THEO 18.674
DAVI 18.623
LAURA 17.572
GABRIEL 17.096
GAEL 16.667
10 NOMES MASCULINOS MAIS FREQUENTES
MIGUEL 27.371
ARTHUR 26.459
HEITOR 23.322
THEO 18.674
DAVI 18.623
GABRIEL 17.096
GAEL 16.667
BERNARDO 16.558
SAMUEL 14.069
JOÃO MIGUEL 12.746
10 NOMES FEMININOS MAIS FREQUENTES
HELENA 22.166
ALICE 20.118
LAURA 17.572
VALENTINA 12.653
HELOISA 12.077
MARIA CLARA 10.121
SOPHIA 10.044
MARIA JULIA 10.023
MARIA EDUARDA 9.856
LORENA 9.414
Sobre a Arpen-Brasil
Fundada em setembro de 1993, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) representa os Oficiais de Registro Civil de todo o País, que atendem a população em todos os estados brasileiros, realizando os principais atos da vida civil de uma pessoa: o registro de nascimento, o casamento e o óbito.