A chegada da estação mais fria do ano é marcada pelo aumento das alergias respiratórias, como a asma e a rinite. Espirros, tosses, coriza, nariz entupido e olhos inchados são alguns dos sintomas mais comuns do inverno. “As alergias respiratórias são provocadas pela inflamação da mucosa do trato respiratório. As temperaturas mais baixas permitem que essa mucosa fique exposta a alguns fatores, como os ácaros, por exemplo”, explica Rosana Siqueira, professora do curso de Biomedicina do UniMetrocamp | Wyden.
Os ácaros são os principais responsáveis pelas crises alérgicas, isso porque eles se alimentam de escamas de pele humana e ficam alojados em almofadas, colchões, tapetes, etc. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 35% da população brasileira sofre com algum tipo de alergia.
Sendo assim, confira 6 dicas para evitar a alergia durante o inverno:
1. Livre-se dos ácaros: Para isso, é fundamental que você abra as janelas e as portas para a circulação do ar no local. Ao invés de vassouras ou espanadores, aposte em panos úmidos.
2. Evite locais fechados: Procure não ficar em ambientes fechados, sem ventilação e com grandes aglomerações de pessoas, já que este cenário ajuda a causar e a agravar os problemas respiratórios.
3. Faça uma geral no guarda-roupa: Antes de usar suas roupas de frio, como casacos e cobertores, lave-os!
4. Coloque travesseiros e colchões no sol: Durante o dia, procure colocar seus travesseiros e colchões no sol, trocando uma vez na semana a roupa de cama.
5. Hidrate o corpo e as narinas: Na hora de hidratar a pele do corpo, utilize hidratantes de banho e óleos vegetais. Já para as narinas, aposte em soro fisiológico para combater a obstrução.
6. Cuidado com umidificadores e climatizadores de ar: Quando não há uma higienização adequada, inclusive nos reservatórios de água e na própria água utilizada, os umidificadores e climatizadores de ar podem se tornar grandes vilões.
Pesquisa
Uma pesquisa realizada pela aluna Denise Siqueira, aluna do curso de Biomedicina do UniMetrocamp | Wyden, sob orientação da professora Rosana Siqueira, avaliou 4 climatizadores e 2 umidificadores de 3 moradores da cidade de Campinas. O resultado foi a presença de bactérias e fungos, sendo as maiores contagens observadas nos climatizadores ??? foi avaliada na saída de ar 392.000 células de bactérias e 1.170 fungos. No reservatório de água, a contaminação atingiu 302.000 células de bactérias e 520 fungos e a água de um dos climatizadores apresentou 110.000 células de bactérias e 2.420 fungos. Já nos umidificadores, a maior contagem foi na saída de ar com 22.130 células de fungos e 240 bactérias.
Entre os microrganismos encontrados no geral, estavam as bactérias Staphylococcus sp, Enterobacter aerogenes, Klebsiella pnuemoniae, Bacillus sp e entre os fungos Cândida sp e Aspergillus sp. “São microrganismos muito oportunistas e envolvidos em infeções do trato respiratório”, finaliza Rosana.