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O presidente da Fecomercio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), Abram Szajman, bem como presidentes de sindicatos do comércio varejista do interior de São Paulo reuniram na última semana, em audiência com o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), para discutir as dificuldades enfrentadas pelo comércio local em razão das feiras itinerantes. 
O tema tem sido amplamente abordado pelo Conselho do Comércio Varejista da Federação e demais sindicatos filiados, entre eles o Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d???Oeste), uma vez que o aumento do número de feiras vem causando preocupação aos comerciantes, principalmente em regiões do interior, diante do impacto negativo nas vendas do comércio varejista e, ainda, a concorrência desleal com a comunidade comercial local. 
No ano passado, a FecomercioSP elaborou um estudo nas 16 regiões do Estado de São Paulo cujo resultado mostrou os prejuízos causados com a realização de feiras que se instalam de maneira transitória em vários municípios durante datas sazonais ??? como Dias dos Pais, Dia da Mães, dentre outros.

???Essas feiras vêm de outras localidades e geralmente são realizadas em dias de maior movimento de vendas do comércio local, como nos finais de semana e períodos que antecedem datas comemorativas, afetando o movimento das lojas formais???, explica o presidente do Sincomercio, Vitor Fernandes. 
???As feiras não legalizadas, assim como os vendedores ambulantes informais, representam concorrência desleal e reduzem não apenas as vendas do comércio local, que paga impostos, como também alavancam a economia informal, que não gera tributos nem empregos para a região e para o Estado, além de oferecer produtos de qualidade e procedência duvidosa???, continua Fernandes.
Assim, durante a audiência, foram elencados os problemas oriundos dessa prática ilegal, bem como as possíveis soluções a serem analisadas e colocadas em andamento, com o apoio do governo estadual. 
O governador reconheceu a extensão do problema e definiu, na ocasião, algumas providências para combater tal prática, dentre elas, fiscalizações rigorosas por parte da Secretaria da Fazenda, do Corpo de Bombeiros e do Procon e, também, solicitou que os sindicatos atuem diretamente junto aos prefeitos municipais, denunciando e cobrando medidas eficazes de fiscalização nos locais onde se realizam essas feiras. 
???O próximo passo é realizar audiência com os prefeitos de nossa região e cobrar das Prefeituras maior fiscalização e cumprimento da legislação municipal, a fim de coibir esse tipo de prática ilegal???, conclui Fernandes.