Na manhã de ontem, a Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua apresentou o projeto de restauração da Igreja Matriz de Americana, de 1897. O projeto foi protocolado no Ministério da Cultura e agora depende de aprovação para ser viabilizado via Lei Rouanet. O custo estimado nesta etapa é de R$ 2,2 milhões.
O desenvolvimento do projeto ficou sob responsabilidade da arquiteta Juliana Binotti, que já atuou na restauração interna da Basílica. Durante pouco mais de um ano, ela realizou uma ampla pesquisa em livros, documentos, imagens e relatos de pessoas sobre os aspectos originais da obras e constatou inúmeras mudanças ocorridas na Igreja ao longo dos anos. Tais como remoção das pinturas artísticas, dos altares de madeira, substituição dos pisos de ladrilho hidráulico, dos forros de madeira, abertura e/ou fechamento de paredes entre outras.
A comunidade participou ativamente deste levantamento contribuindo com fotos de celebrações ocorridas na Matriz. Com a Campanha ‘Retratos da História’, a Basílica conseguiu reunir dezenas de imagens que ajudaram a recuperar a originalidade do templo.
Segundo o reitor da Basílica, padre Leandro Ricardo, a Igreja Matriz de Americana é o marco zero da fé católica do município. “Nossa comunidade já está toda mobilizada e sensibilizada na feliz expectativa que esse trâmite siga o curso tranquilo e que nós possamos o quanto antes receber a autorização para o início das obras de restauro”.
Os problemas estruturais, como as vigas de sustentação do telhado, ainda originais, a parte elétrica e hidráulica, são os mais graves e que necessitam de uma urgente intervenção. Foi devido a risco aos fiéis que a Diocese de Limeira, por indicação da Defesa Civil de Americana, interditou a Igreja, em abril de 2016.
A análise no Ministério da Cultura deve demorar 90 dias. Todo esse trâmite burocrático junto a Lei Rouanet é feito pela empresa Três Marias, produtora cultural com sede em Americana e que já atuou em inúmeros projetos com leis de incentivo.
A primeira fase das obras contemplará toda a parte estrutural. Já a segunda etapa será voltada para as pinturas artísticas, o piso de ladrilho hidráulico e o paisagismo, ainda sem previsão de gastos.
O bispo diocesano de Limeira, dom Vilson Dias de Oliveira, que esteve na apresentação do projeto, destacou o empenho da comunidade. “Um importante projeto que sem dúvida nenhuma tenta resgatar a história de Americana por meio da restauração da primeira Igreja da cidade. Nós, como Diocese de Limeira, apoiamos essa questão e vamos pedir as orações para que este trabalho possa ir em frente”.
Uma cópia do projeto de restauração foi entregue ao presidente do Condepham (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Americana).