A Casa da Criança Pitanga, na Praia Azul, fez uma pesquisa com seus alunos para representarem em desenhos o que eles consideravam seus direitos. A resposta veio com figuras que simbolizavam paz, alimentação, abraços, beijos, paixão, felicidade, cuidado das mães, carinho, felicidade, cuidado, festa, família, brincadeiras, etc.

A pesquisa foi feita durante o projeto, “Mês das crianças ??? direitos das crianças e adolescentes”, pensado para comemorar a data deles. “A escola, desde o início do ano, adotou uma postura de não comemorar as datas comemorativas e repensar esses períodos já que muitas têm mais um sentido comercial”, disse a pedagoga da Pitanga, Tatiana Rodeli. Foi assim que no mês de outubro, considerado o mês das crianças, a escola resolveu trabalhar o ECA com a família discutindo principalmente os direitos e deveres em relação às crianças.
A pedagoga queria fugir dos estereótipos de que dia das crianças é igual a receber e ganhar brinquedos. “Os pais tinham que participar de nosso projeto. Queríamos resgatar que criança é essa. Seriam crianças com acesso a saúde, educação, lazer, cultura e acessibilidade?”, questiona a pedagoga. Para poder realizar o projeto a escola dividiu temas por salas de aula.
O berçário, por exemplo, que atende crianças de seis meses a um ano e meio, as professoras estudaram o capítulo I (dos direitos fundamentais), o direito à vida e a saúde.
No maternal (dois anos de idade) foi discutido o capitulo II (do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade). Neste capitulo as professoras pesquisaram como era a intervenção dos pais com seus filhos em relação à parte lúdica. “O que se pode fazer com essas crianças?”, questionaram. O maternal II (3 e 4 anos) viu o capitulo IV, direito à educação, cultura, esporte e lazer.
Os professores de Emei da manhã (4 e 5 anos) refletiram sobre direito à convivência familiar e comunitária. “Fizemos um trabalho sobre criança abrigada que querem ser adotadas. Mães que querem adotar e não conseguem”, disse Tatiana. Para este capitulo foram feitos vários trabalhos de arte como: retrato da criança, desenhos, construção de casas, maquetes de casas e importância da casa. 
As professoras de Emei da tarde estudaram o capitulo II, da prevenção especial, seção I, da informação, cultura, lazer, esportes, diversões e espetáculos. “Desenvolvemos questionamentos sobre quais acessos eles estavam tendo em casa. Tipos de filmes que viam e programas (novelas). No relato delas houve compartilhamento de filmes com características violentas, novelas com temas  inadequados para a idade, etc.
O projeto reuniu as 350 crianças da escola e ontem,(7/11), será concluído com a participação dos pais na escola em dois períodos. “Os pais viram as apresentações das crianças, as mostras, as atividades que elas participaram acesso as pesquisas e livre acesso à escola”, disse a pedagoga. Houve ainda momento de interação com os pais mostrando os trabalhos que eles fizeram e uma conversa das crianças com os pais sobre os temas tratados no projeto.
“A escola viu este ano a necessidade cultural de refletir os temas junto com as crianças e os pais. Vimos vários estudos durante o ano como na parte da festa junina trabalhar questão cultural da alimentação. A festa da família, por exemplo, foi significativa, reunindo umas 700 pessoas”, concluiu a pedagoga.