Depois de ter constatado a complexidade da luta contra as “fake news” (notícias falsas) que pipocam nas redes sociais, o Facebook anunciou na quinta-feira, nos Estados Unidos, uma nova estratégia para denunciá-las e deixará de sinalizá-las.
No ano passado, o grupo lançou uma série de medidas destinadas a reduzir a circulação de informações falsas, sobretudo minimizando a difusão de publicações procedentes de fontes duvidosas, desenvolvendo alianças com organizações exteriores que verificam as informações (“fact-checking”) e colocando um ícone com formato de triângulo vermelho (“red flag”) perto de algumas publicações consideradas “fake news”, segundo os critérios do “fact-checking”.
No entanto, o Facebook considera que o ícone de advertência não só não é eficaz, como pode produzir o efeito contrário.
Conversando com usuários “percebemos que caçar a desinformação é um desafio”, escrevem os responsáveis encarregados deste assunto no Facebook.
A rede social propõe relacionar notícias de veículos associados que se encarregam do “fact-checking” sobre o conteúdo que for duvidoso, agregando esse material às notícias que foram consideradas falsas.
Segundo o grupo, que começou a implementar essa nova ideia há alguns meses, essa prática limita o número de vezes que se compartilham informações falsas.
Como acontece com Twitter e Google, o Facebook é acusado de servir de plataforma para “fake news”, acusações que têm tido um viés bastante político desde a eleição de Donald Trump e as acusações contra a Rússia por parte de Washington de ter tratado de influenciar na campanha eleitoral utilizando, entre outros, as redes sociais.
A Agência France Presse (AFP) esta entre os veículos associados ao Facebook para fazer o “fact-checking”.
Com informações G1