Recentemente, o prefeito Omar declarou de que dias melhores virão. Um tom de otimismo, que contrasta com a crise financeira que se abate sobre nossa cidade há décadas e sem perspectiva de melhora.

A realidade econômica de Americana é caótica. Possuímos um parque industrial obsoleto e pouco diversificado, as empresas têm dificuldade de competir com o mercado asiático e, para piorar, nos impuseram um pedágio que inibe a chegada de novas empresas.
A queda e a estagnação da produtividade trouxeram o desemprego, diminuição da renda familiar e o consequente empobrecimento da cidade. O ciclo negativo aumenta a demanda por serviços públicos, justamente na hora em que a prefeitura arrecada menos tributos.
Existem ainda pessoas que acreditam que Americana é uma cidade rica, porém, sua situação financeira é gravíssima. O déficit orçamentário acumulado pela prefeitura nos últimos anos é de, aproximadamente, R$ 500 milhões.
Para enfrentar o círculo vicioso, é necessário tomar atitudes muito além do aumento de tributos municipais, que penalizam o povo combalido.
Um exemplo são as redes de supermercados que iniciaram suas atividades na cidade. Essas empresas exploram consumidores aqui, mas instalam seus centros administrativos em outros municípios. Vemos, dessa forma, passivamente, a perda de receitas.
Cabe à administração manter a sustentabilidade fiscal e pôr em prática políticas públicas, que incentivem a diversificação industrial/comercial com geração de empregos. Espaço é o que não falta, temos milhares de salões desocupados. O que falta, talvez, seja um pouco de boa vontade. Pedro Salvador ??? ex-vereador