Lula luta contra o TSE, o TRF-4, Sérgio Moro e o STF para ser candidato. Tem boa projeção de votos, mas dificilmente conseguirá transferir os votos para um no poste ou mesmo um parceiro de última hora.
Alckmin luta contra os instintos de FHC, contra o que pode ser a vingança de Aécio e a falta de carisma. E tem baixa intenção de voto na largada.
Bolsonaro luta contra a razão, o risco que traz ao avanço de valores democráticos e um país que talvez não queira tanto ser dividido.
Ciro luta contra a verve própria, contra o sudeste e um discurso além do economês. Vive hoje o drama de ser um herdeiro do Lulismo ou um novo anti petista. E tem baixa intenção de voto na largada.
Os outsiders lutam contra o desconhecimento, a desconfiança dos partidos e a falta do que dizer. E todos têm baixa intenção de voto na largada.
Com tantos nomes cheios de falhas e faltas de perspectivas, Marina Silva (Rede) tem desafio mais curto. E o inimigo mora ao lado- ou nela mesma. Dona de 20 milhões de votos em 2010 e 2014, luta para repetir a votação para ir para o segundo turno. Tem a vantagem de ser a única dos candidatos que apanha à esquerda e à direita.
A acusação que mais sofre é de ser oportunista, mas todos ali são. Precisa fazer gestos ao centro, ao bom senso e ao mercado. Sem deixar de dialogar com as chamadas forças organizadas da sociedade.
Sua magna sorte será enfrentar Bolsonaro no segundo turno, mas este já se mexe para se tornar um candidato nais digerível pelas forças do mercado e apostadores.