Apesar das dificuldades e problemas que como sindicalista enfrento no dia a dia, como esportista e cidadã americanense procuro acompanhar os passos do Rio Branco, clube que através do futebol elevou o nome de nossa cidade. Na década de 80 e 90, era um orgulho sermos reconhecidos como conterrâneos do Rio Branco, que ao mesmo tempo que revelava jogadores para o Brasil e o mundo realizava campanhas memoráveis nos campeonatos. Era época de ???vacas gordas???. Cargos no clube eram cobiçados e disputados. Dava status e prestígio político pertencer a diretoria do Rio Branco. No dia de jogos, com estádio lotado, os camarotes eram disputados e estavam sempre cheios de gente ostentando ser da diretoria ou ???amigo??? da diretoria.
Hoje a realidade vivida pelo Rio Branco é bem outra. A ???vaca??? está bem magrinha. O clube disputa a Série A 3 do Campeonato Paulista, correndo riscos de rebaixamento para a quarta divisão do Estadual. Somente na décima rodada conseguiu liberar seu estádio para receber os jogos. Não existe glamour. O Rio Branco não projeta mais politicamente… não tem mais dinheiro. E aí quem poderia ajudar, sumiu. Alguns abnegados ainda tentam manter vivo o importante clube do interior, mas não encontram ajuda do Poder Público, das autoridades e dos grandes grupos empresariais. Por exemplo: só jogar em casa na décima rodada, como agora, foi um prejuízo. Sempre que começa um campeonato o estádio é interditado. Todo ano pede-se reformas, melhorias e adaptações que o caixa vazio não permite que se faça. E fico me perguntando: Será que não poderiam ter liberado parte do estádio para um número limitado de torcedores?  De um ano para outro as exigências aumentam tanto? O empenho das autoridades junto aos órgãos fiscalizadores não poderia ter minimizado a situação?Os abnegados continuam lutando. Alguns poucos torcedores continuam acompanhando. Quem ama o Rio Branco sofre com a situação. Mas fico pensando: se estes valentes conseguirem a proeza de sozinhos reerguer o Rio Branco, terão de ampliar os camarotes!
Helena Ribeiro da Silva