Após 28 anos como morador do Parque Ecológico de Americana, faleceu nesta segunda-feira (5/3) o hipopótamo Nino. Uma equipe formada por veterinários do parque e por especialistas de outras cidades realizará uma necropsia, ainda nesta segunda-feira, para avaliar a causa exata da morte do hipopótamo. Nino era um dos 400 animais de 100 espécies diferentes, entre répteis, aves e mamíferos, que vivem no Parque.
Há duas semanas, Nino começou a apresentar sintomas de desinteresse pela comida, alertando os veterinários sobre possíveis problemas físicos. ???Ele ficou em observação pelos veterinários do parque e, ao mesmo tempo, buscamos opiniões de outros veterinários e especialistas???, explicou Michelle Falcade Forti, veterinária do Parque Ecológico.
Foram consultados alguns profissionais de referência em Medicina de Megavertebrados, como Fabrício Rassy Braga, da Fundação Zoológico de São Paulo; Adauto Luís Veloso Nunes, do Parque Zoológico de Sorocaba; José Ricardo Pachaly, professor da Universidade de Umuarama (PR); Luís Paulo Monteiro Cobra Filho, ex-veterinário do Zoológico ZooPark, de Itatiba (SP); e André Nicolai, professor da USP-Pirassununga (SP). Durante o período em que o animal foi observado, constatou-se que ele procurava por alimentos mais macios. Dessa maneira, os profissionais do Parque optaram pela mudança na apresentação de alguns alimentos, oferecendo tubérculos cozidos (abóbora, batata doce e cenoura), bem como frutas de textura mais macia, como banana, mamão e melancia.
De acordo com o outro médico veterinário responsável, Everton dos Santos Cirino, desde que começaram a notar a mudança de comportamento procuraram o melhor tratamento para a espécie. ???Trabalhamos com medicamentos via oral, já que o couro duro dificulta medicações injetáveis, mas infelizmente veio a óbito???, comentou.
Nino pesava 3,5 toneladas e tinha cerca de 30 anos. Ele se alimentava de 20 quilos de comida por dia, que era composta por capim e vegetais. Nino é pai de Lulinha, que está com oito anos e pode ser visto no parque