A bancada feminina no Congresso Nacional cresceu nestas eleições. Na Câmara dos Deputados, foram eleitas 77 parlamentares do total de 513, de acordo com dados finais da Justiça Eleitoral. Em 2014, eram 51.
No Senado, 7 representantes femininas tiveram vitória nas urnas. ?? o mesmo número de eleitas em 2010, última eleição para duas vagas na Casa. Em 2014, onde cada estado tinha uma vaga na disputa, outras 5 ganharam o pleito.
Entre as deputadas eleitas, a renovação foi de metade. Das 51 que venceram o pleito em 2014, 26 foram reeleitas. Apenas 7 não tentaram se reeleger. Neste pequeno grupo, a maioria tentou uma vaga no Senado ou como vice na disputa pelos governos estaduais.
Nos Estados, apenas Amazonas, Maranhão e Sergipe não elegeram deputadas.
O PSL, partido de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência, elegeu 9 deputadas e duas senadoras. O presidenciável foi alvo dos protestos do #EleNão, em respostas a posicionamentos machistas. O parlamenter é réu por incitação ao estupro.
O percentual de mulheres concorrendo a deputada federal quase não se alterou em relação às últimas eleições. O total ficou um pouco acima do mínimo de 30% de candidatos de cada gênero para cargos proporcionais exigido por lei. Foram pouco mais de 2,6 mil candidatas, segundo a Justiça Eleitoral. Em 2014, eram 2,3 mil.
Quanto às novas senadoras, das 7 que poderiam tentar um novo mandato no cargo, apenas 3 se candidataram à reeleição. As outras não entraram na disputa eleitoral ou optaram pela Câmara, além de Ana Amélia (PP-RS), que escolheu ser vice na chapa presidencial com Geraldo Alckmin (PSDB).
Foram 62 candidaturas femininas para o Senado, um aumento expressivo em relação aos anos anteriores. Em 2014, quando a renovação foi de um terço das 81 vagas, 35 concorreram. Já em 2010, quando cada unidade da Federação disputou duas vagas, o número foi de 36.