O levantamento da SPC Brasil revelou que quase a metade dos consumidores (49%) aponta o elevado custo de vida como o fator que mais tem pesado na vida financeira familiar. “Apesar de a inflação ter recentemente recuado para níveis abaixo da meta oficial, no auge da crise, o descontrole dos preços coincidiu com o avanço do desemprego, tornando ainda mais difícil a manutenção do padrão de consumo”, explica a economista Marcela Kawauti.
Se na opinião dos consumidores o custo de vida incomoda, é nos supermercados onde eles mais percebem o aumento dos preços: 66% notaram que os preços aumentaram nesses locais. Para 61%, também aumentou o preço da energia elétrica. Nas tarifas de telefone (38%), preço de roupas (38%) e de itens de bares e restaurante (32%), essa percepção foi menos acentuada.
O desemprego também se destaca entre os fatores que mais pesam na vida financeira familiar sendo mencionado por 21% da amostra. Aparecem em seguida a queda da renda (12%) e o endividamento (11%).
Metodologia Foram entrevistados 801 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.