Um em cada quatro internautas brasileiros usa o WhatsApp como fonte de notícias. No entanto, quase todos admitem desconfiar do conteúdo acessado pelo aplicativo na maior parte do tempo, segundo uma nova pesquisa patrocinada pelo programa TruthBuzz do International Center For Journalists.
Os aplicativos de mensagens, especialmente o WhatsApp, estão no centro do debate sobre a política brasileira, pelo papel como o principal vetor de desinformação durante as eleições de 2018. A pesquisa do ICFJ entrevistou 6.030 pessoas acima de 18 anos, dos quais 24% disseram usar o WhatsApp como método preferido para obter notícias.
Isso se compara com 25% de sites de notícias e 33% de redes sociais, que foi o recurso mais comum para receber notícias. A margem de erro é de 1 ponto percentual e os respondentes podiam escolher mais de uma resposta. As fontes menos comuns foram televisão, rádio e mídia impressa, que receberam 20%, 8% e 6%, respectivamente.
Entre os entrevistados que usam o WhatsApp para obter notícias, 60% disseram que confiam nas notícias disseminadas pelo aplicativo ???apenas uma parte do tempo???, enquanto 24% disseram que ???quase nunca??? confiam no conteúdo de notícias na plataforma. Apenas 16% dos entrevistados confiam nas notícias do WhatsApp ???na maior parte do tempo???.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados com que frequência liam notícias políticas com as quais discordaram nos últimos 30 dias. Trinta e seis por cento relataram ter visto esse tipo de conteúdo mais de uma vez por dia, enquanto 16% disseram que viram esse conteúdo menos de uma vez por semana.
Considerando mensagens em geral, a pesquisa descobriu que imagens são as mídias mais compartilhadas pelo WhatsApp, com 53%. Vídeos são o segundo mais comum, com 42%, juntamente com mensagens de áudio e voz (35%). Links externos e GIFs ficaram em 25% e 23%, respectivamente.