(Reuters) – O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como futuro ministro da Saúde, na terceira indicação de um membro do DEM para a equipe do novo governo.
O deputado, que faz parte da Frente Parlamentar da Saúde, foi confirmado por Bolsonaro em uma reunião com representantes da Frente e da Associação das Santas Casas.
Mandetta, 53 anos, é ortopedista e foi secretário de Saúde de Campo Grande e deputado federal por dois mandatos. Nessa última eleição, decidiu não se candidatar.
???Com o apoio da grande maioria dos profissionais de saúde do Brasil, anuncio como futuro ministro da Saúde, o doutor Luiz Henrique Mandetta???, disse o presidente eleito no Twitter após a reunião.
O parlamentar vinha sendo cogitado para a Pasta, mas não havia sido confirmado pela revelação de que estaria sendo investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de prontuário eletrônico quando era secretário de saúde em Campo Grande (MS).
Auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 2014 apontou que, apesar de o pagamento estar praticamente finalizado, o sistema contratado não havia sido instalado nas unidades de saúde. O caso estava no Supremo Tribunal Federal (STF) mas foi remetido à Justiça Federal do Estado depois da decisão do STF sobre a restrição do foro privilegiado a parlamentares.
Em entrevista logo depois do anúncio, Mandetta afirmou que as denúncias vieram de um ???deputado de oposição???, mas destacou que não é réu, apenas investigado.
???A gente se sente desconfortável, mas quem é pessoa pública tem que se submeter a isso???, disse o deputado, esclarecendo que antes de ser indicado falou com Bolsonaro sobre as denúncias. ???Ele entendeu que o mais importante é contar com essa unidade do setor???, completou.