O mercado de imóveis primários, também conhecido como lançamentos, é um termômetro importante para o setor, pois demonstra como e quanto os investidores estão apostando. Observando isso, o Grupo ZAP, maior empresa de tecnologia do mercado imobiliário nacional, realizou uma pesquisa inédita sobre essa fatia do mercado e identificou que entre janeiro e setembro 2018 foram lançadas mais de 97 mil unidades residenciais, verticais e horizontais, no Brasil. Essas unidades estão divididas em 693 empreendimento e possuem um VGV (Valor Geral de Venda) de R$ 32 bilhões. 
Esses números são os menores dos últimos cinco anos, o que mostra que o mercado foi afetado de forma direta pela crise econômica vivida pelo país. Em 2013, entre janeiro e setembro, foram lançadas 209 mil unidades, ano com maior número de lançamentos, seguido por 2014 (198 mil), 2015 (170 mil), entre 2016 e 2017 existiu uma estabilidade com 129 mil e 131 mil unidades lançadas, respectivamente. Para o economista do Grupo ZAP, Sergio Castelani, esses números demonstram um sinal de atenção, mas sinalizando como o mercado possui grande margem para crescimento. ???Quando analisamos o mercado, devemos contextualizar os momentos de baixa, entendemos que esse cenário com números menores de lançamentos é relevante, mas quando visto o histórico compreendemos que o mercado possui uma margem não sendo utilizada, por isso, acreditamos que os próximos anos serão positivos para o mercado???, detalha. 
O ano de 2013 foi também o principal ano em lançamentos de empreendimentos e VGV, entre janeiro e setembro daquele foram 2583, valor aproximadamente quatro vezes maior que 2018, e R$ 143 bilhões, seguido de 2014 (2.254 e R$ 83 bilhões), 2015 (1.786 e R$ 59 bilhões), 2016 (1.225 e R$ 40 bilhões), 2017 (1.019 e R$ 39 bilhões). 
RMSP lidera em todo Brasil
A Região Metropolitana de São Paulo é a principal área para o mercado imobiliário com 235 empreendimentos lançados em 2018, seguido da região metropolitana de Belo Horizonte (MG) com 42. As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (41), Porto Alegre (33), Curitiba (25) e Recife (17) estão na sequência. Para Castellani, isso sinaliza como os grandes centro urbanos são os protagonistas nos lançamentos imobiliários. ???As zonas de interesse para o mercado agora extrapolam as capitais, mesmo que elas ainda sejam detentoras de grande parte dos investimentos. As empresas buscam alternativas e as regiões metropolitanas estão caminhando para esse protagonismo também???, finaliza.
Analisando o perfil do imóveis lançados, vemos que a área útil dos imóveis tem diminuído no últimos cinco anos. Na região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, caiu de 63 m² em 2013, para 57 m² neste ano. No Rio de Janeiro caiu de 78 m² para 64 m², em Belo Horizonte de 71 m² para 49 m², Porto Alegre teve uma queda de 72 m² para 67 m². Já as regiões metropolitanas de Recife e Curitiba caíram de 56 m² para 49 m² e 61 m² para 69 m², respectivamente. 
Os imóveis de dois e três dormitórios se mantiveram em destaque nos últimos cinco anos em todo Brasil, já aquele sem vagas ou com apenas uma vaga lideram em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.