A tensão instalada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, causou preocupações entre membros do governo e a base no Congresso. O caso, que tem origem em suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas pelo PSL e desavenças antigas entre o ministro e o vereador Carlos Bolsonaro, chegou ao seu ponto de ebulição após o presidente admitir a possibilidade de Bebbiano sair do governo. A crise ocorre no momento em que o Planalto tenta manter coesão para as negociações da pauta de votação mais importante no Legislativo, a da reforma da Previdência.
Entenda o caso.
SuspeitasNo início de fevereiro, surgiram suspeitas de que esquemas de financiamento de candidaturas laranjas tenham ocorrido durante as eleições de 2018 no partido do presidente, o PSL. O primeiro integrante do governo citado no caso foi o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era presidente do diretório do PSL em Minas Gerais.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, quatro candidatas em Minas receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido. Elas ficaram entre as 20 candidaturas do partido que mais receberam recursos no País, mas tiveram baixa votação – menos de mil votos cada uma -, o que levantou a possibilidade de que as candidaturas tenham sido de fachada. O ministro negou as acusações.
Essa seria a primeira de uma série de suspeitas relacionadas a repasse de recursos para candidaturas do PSL.