A CPI do BNDES será instalada. A autorização do requerimento para implantação da segunda Comissão de Inquérito registrada na nova legislatura, de autoria do deputado federal Vanderlei Macris (PSDB), foi publicada pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, no último dia 21, e contará com prazo de 120 dias para a realização dos trabalhos.

A comissão deve investigar os contratos firmados entre 2003 e 2015, em especial nos vários acordos internacionais, entre eles com Cuba, República Dominicana, Gana, Angola, Equador e Venezuela. 
Para Macris, a investigação atende o clamor da população por transparência com o dinheiro público do país. “Esse é o nosso papel. Através da nossa representação legislativa, oferecer ao povo brasileiro um acesso a uma mais do que aguardada prestação de contas dos bilhões de reais destinados em empréstimos secretos a outros países pelo BNDES, tudo isso enquanto o Brasil precisava de investimentos em educação, saúde e tantas áreas. Vamos abrir a caixa-preta do Banco Nacional de Desenvolvimento”, destacou. 
De acordo com o parlamentar, a comissão é o único caminho para apurar detalhes das transações internacionais antes do ano de 2027. “Todos os documentos sobre essas transações foram classificados como “secretos” e só poderiam ser examinados daqui há 8 anos. Por quê estabelecer sigilo a esses contratos? Por tanto, a única possibilidade de acesso às informações é via CPI”, disse. 

O requerimento 02/2019 enfatiza que muitas das empresas beneficiadas pelo BNDES nos acordos internacionais foram citadas na Operação Lava Jato. “Toda e qualquer possível conexão será apurada pela comissão e, caso haja algum indício de corrupção, encaminharemos ao Ministério Público”, acrescentou Macris.

Agora os líderes partidários deverão fazer a indicação dos membros da comissão para a instalação e início dos trabalhos.