O país vem mudando certos hábitos, e isso já é visível para quase todo mundo, o que antes era uma nação de funcionários e trabalhadores tornou-se sem dúvida uma das maiores forças empreendedoras do mundo.
Segundo o Empresômetro, empresa de inteligência de mercado, são mais de 20 milhões de negócios em atividade no Brasil, desse total, um pouco mais de 10 milhões são micro e pequenas empresas. Em números percentuais, as micro e pequenas empresas equivalem a 51,6% de todas as empresas ativas no país.
“São muitos fatores que contribuíram para isso, acesso à informação, facilidade de atingir mercados, celeridade para abrir empresas, a necessidade daqueles que ficaram desempregados e outras tantas mudanças culturais que levaram o brasileiro a descobrir esse lado empreendedor”, diz o diretor do Empresômetro, Otávio Amaral.
Os números levantados pelo Empresômetro são referentes apenas às empresas que estão em atividade, isto é, arrecadam impostos, emitem notas fiscais, entre outros aspectos que são levados em conta para determinar se uma empresa é ativa.
Interessante notar que o varejo está à frente de outros setores, e segundo Amaral, “são áreas que oferecem bens necessários e que todas as pessoas têm afinidade, vestuário, alimentação e construção”.
O panorama é o seguinte: No primeiro lugar está o comércio de roupas e acessórios, em segundo lugar minimercados, mercearias e armazéns, no terceiro e quarto lugares vemos restaurantes e lanchonetes e em quinto material de construção.
Para o diretor do Empresômetro, as mudanças ocorridas na legislação trabalhista e as que virão farão muitas pessoas migrarem de postos de trabalho para o empreendedorismo. “Estamos vendo a adoção da terceirização, ao aumento da idade e dos requisitos para a aposentadoria, tudo isso leva a questionamentos sobre o que é melhor para trabalhador, que muitas vezes opta por se tornar um empresário em razão do aumento de renda”, conclui Amaral.