O poeta, ensaísta e tradutor Décio Pignatari morreu na manhã deste
domingo (2), aos 85 anos. Internado no Hospital Universitário da USP
desde a sexta (30), ele teve insuficiência respiratória e pneumonia
aspirativa (infecção pulmonar).

Pignatari, que estava
internado no Hospital Universitário da USP, em São Paulo, foi um dos
principais nomes do concretismo, ao lado dos irmãos Haroldo e Augusto de
Campos –com quem editou a revista “Noigandres”, no anos 1950. Também
com os irmãos Campos publicou “Teoria da Poesia Concreta”, em 1965. 
Nascido em Jundiaí, em 1927, Pignatari publicou seus primeiros poemas em
1949 na “Revista Brasileira de Poesia”. Em 1950, lança seu primeiro
livro de poemas, “Carrossel”.

Formou-se em direito pela USP, em
1953, e, três anos depois, lançou o movimento da poesia concreta com o
grupo Noigandres, a partir da revista publicada em 1952. Em 1956, o
grupo publica “Plano-Piloto para a Poesia Concreta”. Lançou “Poesia Pois
é Poesia” em 1977. F
Também teórico da comunicação, Pignatari ajudou
a fundar a Associação Brasileira de Semiótica, nos anos 1970. Autor de
“Informação, Linguagem e Comunicação” (1968), traduziu obras de Marshall
McLuhan, como “Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem”.

“A
importância dele não pode ser subestimada. Era uma das inteligências
mais incisivas que este país já teve”, disse Frederico Barbosa, 51,
poeta e diretor da Casa das Rosas.
De acordo com Barbosa, a família
não vai fazer velório e o enterro será nesta segunda (3), ao meio-dia,
no cemitério do Morumbi.